Envolvida em ações sobre violência contra a população negra, Camila Pitanga expôs sua opinião sobre o assunto em um artigo para a revista “Cosmopolitan”. “Quando eu digo que a vida negra importa, não relativizo a vida dos brancos. Pelo contrário, estou convocando você à luta. Lembrando a você, irmão e irmã, o óbvio: que a vida do negro também importa e que estamos abandonados. Estou gritando por uma união que representa ‘socorro’ em um país onde todo jovem negro parece ter um alvo na testa”, falou a atriz, defensora do movimento feminista brasileiro.
Camila, que mudou com a chegada dos 40 anos, apontou também as dificuldades enfrentadas pelos negros no país. “E se continuarmos nos calando, se não gritarmos que essas vidas importam, seguiremos enterrando nossos filhos. Negros excluídos em lugares sem o básico para sobreviver. A única mão que o Estado brasileiro estendeu à população negra, até o momento, é a que nos açoita. No meu país a cor da pele determina quem tem três vezes mais chance de ser assassinado. Que igualdade é essa? Ser brasileiro é exaustivo para todos nós. Ser brasileiro e negro é quase insustentável!”, afirmou a artista, destaque na cerimônia do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2017.
(Revista Quem/Globo)