Sonia Abreu, que sempre será carinhosamente lembrada como a primeira DJ mulher do Brasil, morreu na noite da última segunda (26), aos 68 anos. A produtora musical teve uma fadiga respiratória em decorrência de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença degenerativa.
Em atividade desde a década de 60, Sonia era uma profissional conhecida não apenas pelo pioneirismo como também pela extrema criatividade. Por exemplo, como ainda não existia o termo DJ, ela era chamada de “soniaplasta”, em alusão aos sonoplastas.
Ao longo da carreira, passou pelas rádio Excelsior (onde lançou a coleção de discos A Máquina do Som, nos anos 70), 89 FM, Brasil 2000, Rádio USP e Rádio Globo. Entretanto, um dos seus mais marcantes projetos foi o Ondas Tropicais, na década de 80, uma rádio ambulante que funcionava dentro de um ônibus e rodava por São Paulo. Inicialmente, era numa kombi, porém chegou a acontecer até mesmo em um veleiro.
Trabalhou também na Som Livre, produzindo a coletânea Papagaio Disco Club. Além disso, entre tantas outras atividades, assinou uma coluna sobre música para a Revista POP.
Com tamanha energia, Sonia manteve-se na ativa até quando conseguiu. A apresentação mais recente foi em junho, na Galeria Olido, no Centro de São Paulo. Na ocasião, mesmo debilitada, ela comandou as picapes sentada em uma cadeira de rodas.
O corpo será velado das 8h às 14h desta terça-feira (27), na Funeral Home, na capital paulista.