O cultivo do café é considerado a segunda economia do município de Nova Bandeirantes (525 km de Sinop), ocupa uma área de 1.200 hectares, com produtividade média de 68 sacas por/hectare, e produção de 1.800 quilos/hectare. São mais de 150 agricultores que cultivam as variedades Conilon (Coffea Canephora) e clones de Robusta (Coffea canephora). A técnica em agropecuária da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e extensão Rural (Empaer), Luma Maldaner orienta os produtores que no período chuvoso é importante o uso na lavoura do Controle Integrado de Pragas (MIP) bem como o controle e a prevenção da broca dos frutos.
O agrônomo da secretaria Municipal de Agricultura, Heitor Augusto Sella, reforça a ação sobre o Manejo Integrado das Doenças que se caracterizam como a antracnose, mancha – aureolada e cercosporiose. Ele considera doenças comuns nesse período, que pode causar queda na colheita e prejuízos para o produtor rural que recebe calendário chamado de “fertirrigação do café”, ou seja, os fertilizantes e as quantidades que serão aplicados a cada mês na lavoura. Essa tabela é repassada aos produtores rurais que utilizam irrigação. Ele explica que 30% das lavouras apresentam baixo nível tecnológico, sem irrigação ou tratos culturais adequados, 50% tem um nível médio e utilizam apenas a irrigação e 20% possui alto nível tecnológico.
Foi realizado um diagnóstico com o objetivo de caracterizar a situação atual e o nível tecnológico do setor de produção e comercialização no município, além de aprimorar os arranjos institucionais, aproximando o agricultor familiar da assistência técnica e extensão rural por meio de cursos e dias de campo. “Observamos resultados animadores, bem como o aumento das áreas cultivadas, tecnificação dos produtores em irrigação e manejo dos solos como adubação”, acrescenta Luma Maldaner.
Nova Bandeirantes faz parte do Programa de Revitalização da Cafeicultura no Estado de Mato Grosso (Pró-Café) desenvolvido pela secretaria estadual de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf) e Empaer, em parceria com a Embrapa Rondônia e Embrapa Agrossilvipastoril) e prefeituras.
O Pró-Café tem como objetivo fomentar e fortalecer a cadeia produtiva do café nas regiões Norte e Noroeste do estado como alternativa sustentável de geração de renda para conter o desmatamento nos municípios.
A produção de café clonal, uma técnica desenvolvida pela Embrapa de Rondônia está sendo implantada no Estado. Antes a produtividade era de 25 sacas/hectare, e atualmente com a implantação do café clonal e inovações tecnológicas atinge a marca de 68 sacas de café por hectare. A informação é da assessoria da Empaer.