De cada 10 calhas vistoriadas nos bairros Jardim Paraíso, Botânico e Maringá II, oito servem de criadouro para o mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti) e apresentam larvas. A informação é do coordenador da Vigilância Ambiental em Sinop, Cesário Alves Rocha. "As equipes de escadas da Secretaria de Saúde de Sinop realizaram vistorias nesses bairros e a média é assustadora. Vamos analisar as amostras, mais pela experiência provavelmente já são larvas do mosquito transmissor da dengue", explicou o coordenador.
"A população precisa tomar muito cuidado com as calhas, vistoriar e fazer a limpeza. Não adianta manter o quintal limpo e deixar as calhas cheias de focos da dengue", destacou Rocha. O trabalho vai continuar por toda a cidade.
Além das equipes de escada, 48 agentes estão fazendo o trabalho de visitação e orientação nos imóveis e outros 30 agentes estão na ação de bloqueio com aplicação de inseticidas com a bomba costal. Uma quarta equipe faz a vistoria em borracharias e ferros-velhos.
Cerca de 450 funcionários da Prefeitura iniciam nos próximos dias a operação "pente fino", em parceria com o Ministério Público e polícias Civil e Militar. As equipes vão percorrer toda a cidade vistoriando os imóveis. "Nessa ação conjunta vamos notificar os responsáveis de imóveis que estão com focos ou criadouros do mosquito da dengue e a partir daí eles podem receber multas, instauração de inquérito e até detenção, caso a pessoa mantenha criadouros no imóvel ou se recuse a receber as equipes de vistoria", explicou o coordenador da Sala de Situação da Dengue, major Hector Péricles.
O morador terá um prazo máximo de 48h para eliminar os criadouros, do contrário pode ser multado com base na lei nº 1185/2009 que estabelece multa no valor de 100 UR"S. Em reincidência a multa tem o valor dobrado e o Ministério Público será acionado.
A lei nº 1185/2009 também permite a entrada dos agentes e fiscais em imóveis fechados, abandonados ou onde o morador se recusa a receber os agentes. "Quem tentar impedir a vistoria ou fiscalização poderá ser preso em flagrante pela Polícia Militar", explicou Hector.
Os proprietários ou responsáveis por terrenos baldios serão notificados via edital. "Eles terão um prazo de quinze dias para efetuarem a limpeza, depois disso, vamos agir. Se a Prefeitura tiver que limpar será cobrado do proprietário cerca de R$ 312 pela limpeza, mais R$312 por cada caçamba de lixo retirada do local", destacou o secretário de Cidades, Mauri de Lima.