Os pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso, Matheus Duarte e Luciano Teixeira Gomes, trabalham na elaboração de uma vacina, em parceria com o Instituto Butantan, e com resultados positivos nos testes. Atualmente, está em estágio 3 de desenvolvimento que consiste na busca por confirmar eficácia e segurança. Neste período a busca é por dados sobre imunogenicidade e reações adversas em diferentes grupos de pessoas. Os pesquisadores retiveram pacientes com dengue e observaram episódios febris ou outro eventos agudos apresentados. A fase seguinte é a de uso amplo e com estudos de controle.
A idealização e desenvolvimento ficaram a cargo do Instituto Butantan de forma multicêntrica. A abordagem acontece a fim de achar espaços para testar a eficácia e a segurança da vacina.
Em Cuiabá, o centro de pesquisa para a vacina é constituído pela parceria entre o Instituto Butantan, a UFMT e o Hospital Universitário Júlio Muller.
A respeito do ponto mais importante para a pesquisa, Matheus Duarte enfatiza que é proximidade para o acesso a uma vacina contra a dengue. “O ponto mais importante de fato é darmos seguimento e podermos chegar cada vez mais perto de termos uma vacina, gratuita a população, tetravalente, que seja eficaz e segura na prevenção da Dengue, uma doença que ainda assola nosso território brasileiro”, afirmou confiante nos resultados até o momento.
A pesquisa foi desenvolvida por busca ativa de pacientes por mensagens e ligações, além de visitas domiciliares e atividades recreativas, entre outras atividades. Participaram da pesquisa 1882 participantes, dos quais 88 foram desligados e 142 concluíram o acompanhamento até o fim de novembro de 2021. Entre os resultados da pesquisa que se destacam estão 266 episódios de febre e nenhum evento adverso relacionado a vacina, entre os 21 episódios relatados, informa a assessoria da UFMT.
Mato Grosso, segundo o boletim epidemiológico do ministério da Saúde que analisa o período entre 2 de janeiro e 2 de abril, é o 7° Estado com maior número de casos de dengue, com 14.260 registros.
A pesquisa de Matheus Duarte e Luciano Teixeira Gomes é uma das agraciadas com o Prêmio Severino Meirelles.