O atendimento em neonatologia, além do fucionamento da Unidade de Tratamento Intensivo neonatal e pediátrica do Hospital Regional de Colíder (160 km de Sinop) vão ser retomados na próxima segunda-feira (25). O anúncio é do diretor Paulo Sérgio Lopes, que confirmou a definição da data, a partir de uma reunião entre profissionais médicos e representantes da secretaria estadual de Saúde, no último domingo (17). Com isso, os partos que não ocorrem há pelo menos 2 meses vão ser retomados. Médicos alegavam atrasos salariais.
Ontem, Paulo chegou a receber gestantes que protestaram em frente a unidade cobrando providências. “Apesar das dificuldades enfrentadas nos últimos dias, o secretário de estado com sua equipe, conseguiu sentar no domingo com os profissionais médicos que fazem o serviço de neonatologia, UTI pediátrica e neonatal do Hospital e também a clínica pedinátrica. Como fruto dessa reunião ficou acertado que o serviço estará sendo retomado com força total já a partir do dia 25, segunda-feira próxima”, disse à TV Tropical.
Paulo ressaltou que o investimento feito pelo governo vai garantir qualidade no atendimento. “A UTI neonatal não está sendo retomada ‘meia boca’, para substanciar uma parte da demanda, pelo contrário. Essa unidade recebeu investimentos de mais de R$ 2 milhões, além do processo de capacitação, outros instrumentos como substanciadores de trabalho. A unidade foi altamente impactada e está sendo estabelecidade na sua plenitude”.
O diretor também anunciou que em breve, também deve ser retomado o atendiento em ginecologia. “Nosso compromisso é que todos os serviços sejam resgatados na sua totalidade, plenamente. Assim como está acontecendo na neonatologia e na pedriatria, também acontecerá nos próximos dias com a ginecologia. Estamos trabalhando dioturnamente para resolver essa situação”.
Outro lado
Com a supensão dos partos, estima-se que cerca de 300 bebês deixaram de nascer na unidade e as grávidas da cidade estão sendo encaminhadas aos hospitais de Alta Floresta ou Sinop. O governo estadual já chegou a divulgar nota, informando que a neonatologia teve os serviços parados em julho de 2015 após o fechamento da UTI neonatal, em virtude da falta de alguns equipamentos. Em decorrência disso a pediatria suspendeu o atendimento, em novembro, o que afetou igualmente a área de ginecologia e obstetrícia. Por precisar do profissional pediatra para recepcionar as crianças durante os partos, os médicos ginecologistas e obstetras também pararam o atendimento no mesmo mês.
A secretaria estadual de Saúde também garantiu que todos os pagamentos do ano passado foram realizados dentro da legalidade e do prazo necessário. No entanto, apontou que em relação ao pagamento do serviço de UTI neonatal, esse foi suspenso após a secretaria receber uma denúncia de que os médicos estariam cobrando por serviços que não foram prestados, uma vez que o setor foi fechado em julho devido à falta de alguns equipamentos.
Diante da situação, a pasta suspendeu o pagamento dos médicos neonatologistas, referente aos meses de agosto, setembro e outubro de 2015, e encaminhou a documentação para a auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS). Por este motivo, a Secretaria de Saúde aguarda parecer da auditoria, que está analisando a legalidade dos pedidos de pagamento dos médicos neonatologistas.