sexta-feira, 20/setembro/2024
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Suspensos pagamentos do instituto que cuida da Farmácia de Alto Custo

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A Secretaria de Estado de Saúde suspendeu os repasses para o Instituto Pernambucano de Assistência Social (Ipas), que administra a Farmácia de Alto Custo. O secretário Mauri Rodrigues de Lima afirma que os pagamentos não serão realizados até a conclusão do relatório feito pela Auditoria Geral do Estado e não descarta a possibilidade do rompimento do contrato com a Organização Social de Saúde (OSS).

Mesmo sem os repasses, afirma que o Ipas é obrigado a cumprir o contrato e manter o funcionamento de 100% da Farmácia de Alto Custo e até no caso de rompimento, aponta que o instituto é obrigado a continuar acompanhando o andamento da unidade por 120 dias. A suspensão dos repasses foi orientação da AGE, porque o Ipas não apresentou prestação de contas.

O relatório final será entregue no dia 18 de julho, onde serão apontadas as responsabilidades das partes envolvidas na perda de medicamentos. Até lá, os 50 funcionários da unidade ficarão sem receber, pois segundo o Ipas não há recursos financeiros em caixa. Com essa decisão da secretaria, novas paralisações podem acontecer por falta de funcionários para realizar o atendimento. De acordo com o secretário, a suspensão deve ser feita para que a pasta tenha garantias de que o contrato será cumprido integralmente.

Porém, segundo Rodrigues, o Ipas deve realizar o atendimento necessário, independente dos repasses, pois isso faz parte do contrato firmado. Sobre os valores da dívida o secretário não quis se posicionar, mas garantiu que caso a Farmácia não volte a funcionar com 100% do quadro de funcionários, a secretaria irá informar a PGE para que o problema seja acrescentado à auditoria.

Ontem, a Farmácia funcionou parcialmente, apenas com a entrega de medicamentos. Os usuários que procuraram a unidade para levar documentos e regularizar o cadastro não foram atendidos e longas filas para receber os remédios se formaram.

A funcionária pública Daiane Moreira, 32 anos, esperou por mais de uma hora e meia para receber o remédio para o pai. "Normalmente a demora é de 30 minutos. É uma vergonha que esses funcionários estão sem receber, como irão manter as suas famílias?".

Mesmo com as filas, muitos medicamentos não estavam disponíveis e os pacientes só eram informados ao chegar à unidade, sem aviso prévio por telefone, como deveria ocorrer. Rodrigues afirmou que 128 tipos de medicamentos já foram licitados, porém, a secretaria recebeu propostas apenas para 100. Com o processo em andamento, não há previsão para a chegada dos remédios às prateleiras, pois não houve compra dos itens.

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