O câncer é a segunda causa de mortes por doenças no Brasil e em Mato Grosso a demanda geral de radioterapia pelo Sistema Único de Saúde em 2012 somou 2.172 casos, sendo que 1.578 pacientes receberam o tratamento. Das 1.991 pessoas que necessitavam de intervenção cirúrgica, apenas 584 foram atendidas. Os dados são do Tribunal de Contas da União, que fez uma auditoria, que iniciou em 2010, sobre o atendimento oncológico do SUS no país.
Pelos dados do TCU, 72,6% dos pacientes do SUS no Estado conseguem o tratamento de radioterapia, e apenas 29,3% têm a possibilidade de fazer uma cirurgia de extração do tumor depois de enfrentarem uma longa fila de espera.
Os números são baseados nas estatísticas do Instituto Nacional do Câncer e o do DATASUS, e comprovam que 594 pacientes não tiveram atendimento de radioterapia e outros 1.407 não passaram por cirurgia em Mato Grosso.
O tribunal também aponta que a situação poderia ser contornada com mais investimentos no setor. Segundo o “Programa Mais Saúde: Direito de Todos 2008 – 2011”, do governo federal, um equipamento de megavoltagem de radioterapia custa cerca de cerca de R$ 2 milhões, e a implantação de um Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cancon) mais R$ 6 milhões.
O custo de manutenção desse centro foi estimado em R$ 5 milhões por ano. Para algumas cidade do país, o INCA doa o acelerador nuclear para radioterapia, como no caso de Campinas (SP).