A diretora do Hospital Regional de Sorriso, Rejane Potrich, buscou apoio do Estado para serem contratados médicos para as vagas dos contratados que decidiram pedir demissão devido aos atrasos saláriais. Inicialmente, seriam contratado 12 profissionais. Uma parte deve chegar a cidade ainda hoje e vão trabalhar para manter, ao menos, os serviços de emergência, urgência e os leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
Os substitutos devem vir de todas as regiões do Estado. São contratados, concursados e funcionários de Organizações Sociais de Saúde (OSSs). No entanto, algumas especialidades devem ficar desatendidas, como é o caso das cirurgias vasculares.
Não foi feita previsão para contratar mais 13 profissionais e "igular" o quadro de profissionais estava até ontem. "Desde o início do ano, os hospital já vinha atendendo de forma parcial. Acredito que a população não vai sofrer tanto impacto com esta demissão de 25 médicos", diz a diretora. Ela lamentou a decisão de parte do corpo clínico mas declarou que, como administradora, deve pensar em todos os envolvidos no processo e, principalmente, os usuários da saúde pública. "Todos que trabalham têm o direito de receber, de serem remunerados, mas também não posso obrigar ninguém a ficar e tenho que pensar no hospital como um todo", expôs.
Conforme Só Notícias já informou, 25 médicos contratatos decidiram sair do regional, a partir de hoje, devido o atrasos salariais de novembro, dezembro, 13º e também porque não receberam pela produtividade dos respectivos meses. Incluindo os concursados, havia 51 profissionais trabalhando na unidade, que atende pacientes de 15 cidades do Nortão em sistema de consórcio.
Desde janeiro os médicos estavam advertindo o governo e o consórcio de saúde para serem feitos os pagamentos e chegaram a dar mais prazo, em relação as primeiras decisões, mas até ontem não haviam recebido.