A Secretaria Municipal de Saúde encaminhou nota técnica sobre o fato de Sinop ser líder estadual em notificações de dengue e não ter cumprido metas de prevenção estipuladas pelo Ministério da Saúde, conforme Só Notícias informou. A prefeitura admite que não está fazendo trabalho 'de combate eficiente' para conter os casos – em anos anteriores houve várias mortes. "É inegável que os serviços necessitam ser ampliados. Quanto as notificações compulsórias elas irão continuar com todo o rigor, de acordo com as portarias do Ministério da Saúde e isso mostra que o município vem trabalhando sem prepcupação de esconder quaisquer fatos, ao contrário de municípios que não notificam e, portanto, não aparecem como risco em potencial", explica o secretário de Saúde, Manoelito da Silva Rodrigues.
"Notificação compulsória não é caso confirmado e sim suspeita, além de que nos motiva ir atrás de resultados bons e a procura de estratégias no combate as doenças tropicais". "Dentro do nosso monitoramento, observamos avanços importantes. Nos primeiros sete meses de 2014 foram notificados 2.632 casos e foram confirmados 1.205. Em 2015 foram notificados 2.219 casos e confirmados 1.057 evidenciando uma redução de 16% nos casos notificados e 13% dos casos confirmados", acrescenta.
Dados do levantamento do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) apontam que a prefeitura não cumpriu as metas estipuladas pelo Ministério da Saúde para controle e prevenção das endemias. Para cada ciclo, composto por dois meses, os agentes devem visitar, no mínimo, 55 mil imóveis, dos 69.712 existentes hoje no município. Porém, de acordo com o relatório, foram visitados cerca de 45 mil locais no primeiro ciclo (janeiro e fevereiro), aproximadamente 35 mil no segundo (março e abril) e menos de 30 mil no terceiro (maio e junho). “Desta forma fica evidente a necessidade de adequação de servidores para a manutenção das atividades, visto que não foi possível atingir, pelo menos 80% ou mais dos imóveis em nenhum dos três ciclos”, destaca o levantamento do governo federal.
O secretário explica que a "insuficiência de recursos humanos, financeiros como também material é sim um fator importante para o comnbate eficiente, assim como toda a audência de insumos e equipamentos essenciais como bombas costais motorizadas que há meses o município não recebe de outras esferas governamentais. E sem muitas condições de trabalho os agentes e a equipe que temos não tem medido esforços para combater esses males e para não ficar em situação mais complicada o município tem adquirido insumos (veneno) e materiais com recursos próprios, o que também nos limita ao combate mais eficiente".
Manoelito conclui que vai ser publicado, nas próximas horas, chamamento dos profissionais aprovados em concurso e devem preencher o quadro de servidores. Não foi informado quantos serão empossados.