O Ministério da Saúde mandou trocar o larvicida que mata focos do mosquito da dengue em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças e Cáceres. O "Temephos", usado nos últimos 30 anos, será substituído pelo "Diflubenzuron". A alteração é necessária porque ficou constatado o início de resistência das larvas ao Temephos. Mato Grosso não é o primeiro onde a troca é feita. Outros estados já utilizam o novo produto. Apesar de garantir o efeito no combate ao mosquito, a alteração não é considerada uma ação com resultados diferentes. O plano de combate continua o mesmo.
Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Oberdan Ferreira Coutinho Lira, a aplicação de larvicida é apenas uma das ferramentas de enfrentamento à doença. "Só utilizamos o larvicida em depósitos fixos de água, que não podem ser manuseados, e são focos para reprodução do mosquito. O principal trabalho é a eliminação dos criadouros pelos próprios moradores".
Desde janeiro, Mato Grosso registrou 33.598 casos suspeitos, sendo 808 considerados graves. Já foram notificados 40 óbitos, sendo que 22 confirmados. Várzea Grande tem maior número de mortes confirmadas – 4. Em Sinop e Primavera do Leste há 3 confirmações, cada.
O envio do produto para estas cidades deve ocorrer até junho, já que todos os agentes municipais devem ser capacitados. Segundo o superintendente Oberdan Lira, o treinamento é necessário devido algumas mudanças na manipulação. "Não muda a forma de aplicar, mas a formulação. Ele impede a formação normal do mosquito, que se nascer será defeituoso e não poderá voar. O larvicida é até mais seguro para quem manipula".
A troca do larvicida em outros municípios dependerá das próximas análises e se for constatada resistência das larvas.