Diabéticos estão tendo dificuldades em receber nos postos e na Secretaria Municipal de Saúde de Sinop fitas para testes de glicemia. Um paciente, que preferiu não ser identificado, morador do Jardim Imperial, informou ao Só Notícias, que há pelo menos um mês, não consegue o material, utilizado para medir o índice de açúcar no sangue. Ele afirmou necessitar das fitas a cada dois meses para realizar os procedimentos, cuja caixa, apontou custar em média, R$ 200.
Ele explicou ainda que as últimas caixas que conseguiu foram em julho, no posto de saúde do Imperial. “Me forneceram três caixas com vencimento em menos de 30 dias, isso depois de me recusarem o fornecimento nos meses de maio e junho. Quando venceram ficaram inutilizadas, pois o próprio aparelho medidor identifica o vencimento e não funciona, ou seja, R$ 600 jogados no lixo!”, afirmou, ao Só Notícias. “Pessoas que dependem desse caro tratamento e que não têm a quem recorrer estão correndo risco de morte, diabetes mata silenciosamente”, acrescentou.
Insulino dependente, o rapaz afirma que ganhou o direito de receber do Estado, desde 2008, por meio de processo judicial, seis fracos de insulina Glargina Lantus no valor de R$ 95 cada, mensalmente. No entanto, aponta que há atrasos. “Consta que a cada três meses fico sem recebê-los, mesmo com as renovações em dia. A justificativa da Farmácia de Alto Custo em Cuiabá é sempre a mesma: problemas na licitação do mês, me causando um gasto de aproximadamente R$ 600 , de onde as vezes não tenho de onde tirar”.
Outro lado
A assessoria da prefeitura de Sinop confirmou, ao Só Notícias, que há a falta das fitas para os testes de glicemia. Explicou que há atraso na entrega por parte da empresa responsável porque os produtos são importados, mencionando que 69 mil unidades, suficientes para abastecerem a demanda sinopense por dois meses foram feitas em 29 de setembro. O proprietário da empresa sediada em Goiás, deve tratar, ainda hoje do assunto, com o secretário Mauri Rodrigues
Sobre os possíveis atrasos no envio dos fracos de insulina, a assessoria da Secretaria Estadual de Saúde informou necessitar do nome do paciente para repassar informações.