Um grupo de voluntários que fazem parte do Centro Espírita Maria de Nazaré busca alternativas para diminuir a incidência de consumo de drogas e encaminhar para tratamento voluntário os dependentes químicos. Um levantamento feito por eles aponta que 17% dos jovens que recebem o tratamento conseguem se livrar do vício.
O professor universitário e um dos representantes do grupo, Vladimir Mustafá, que trabalha há 25 anos com dependentes químicos, declarou ao Só Notícias que a incidência de crianças e adolescentes meninas aumentou nos últimos dois anos. “É um problema grave de saúde pública. Não temos como passar um número exato, porém é nítido nos bairros que visitamos o número de meninas entre 8 e 10 anos que usam pasta base”, alertou.
De acordo com Mustafá, a principal deficiência que existe em Sinop é falta de uma unidade de tratamento direcionada para o atendimento de crianças. “Encaminhamos de quatro a cinco dependentes por mês para uma comunidade em Várzea Grande. Conseguimos vagas sociais e apoio da sociedade para isso. No entanto, nós precisamos de mais apoio e a cidade já comporta uma comunidade de tratamento para os jovens daqui”, explicou, ao Só Notícias, acrescentando que uma das soluções é trabalhar diretamente em alguns: “Jardim São Paulo, Dauri Riva e o Boa Esperança fazem parte das prioridades”, declarou.
Conforme o advogado e voluntário, Denovan Isidoro de Lima, o projeto de implantação está pronto. “Falta o apoio do poder público ou alguma entidade parceira, pois a maioria desses jovens não tem condições de pagar pelo tratamento”, destacou.
São encaminhados para a comunidade terapêutica em Várzea Grande cerca de 20 pessoas por mês, entre 8 e 40 anos. Aproximadamente 300 kg de alimentos são destinados mensalmente para a unidade de tratamento. Os interessados em colaborar devem entrar contato com a Comunidade Esperança Maria de Nazaré, na rua das Azaleias, 2045 ou pelo telefone 3532-1767.
O delegado municipal, Braulio Junqueira, disse, ao Só Notícias, que, em razão do aumento de diversas infrações, leva “ao entendimeto que muitos adolescentes (12 anos acima) envolvidos com drogas”. Ele acrescentou que não há um levantamento dos casos registrados na Polícia Civil, este ano, em relação a 2011 para ser feito comparativo.