Servidores da Saúde paralisaram as atividades hoje e entregaram na Assembleia Legislativa mais de 22 mil assinaturas que defendem uma Lei de Iniciativa Popular para retirar as Organizações Sociais de Saúde (OSSs) da administração dos hospitais regionais em várias cidades – inclusive no Nortão.
A presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Elza Luiz de Queiroz ressaltou que em outros estados, o que se vê neste tipo de atuação é o aumento dos custos e a precarização do atendimento e das relações de trabalho. “A situação é crítica, não houve melhora nenhuma, apenas piorou. Não queremos este tipo de gestão, porque a Saúde é pública e assim deve permanecer”.
A entrega foi feita em caráter preliminar, uma vez que mais assinaturas deverão chegar, aumentando o número de pessoas que pedem a mudança na legislação. As fichas serão entregues no próximo dia 31, depois que uma comissão participar do Colégio de Líderes do parlamento.
Além da questão das OSSs, a presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde e Meio Ambiente(Sisma), Alzita Ormond, denunciou coação dos funcionários por parte da Secretaria Estadual de Saúde. “O que ocorre lá na secretaria é um verdadeiro assédio moral”.
Para o presidente da Assembleia, José Riva (PSD), as críticas são graves e a situação dos servidores deve ser definida pelo governador Silval Barbosa (PMDB). “Existe uma relação conflituosa dentro da secretaria. Acredito que o governador irá resolver a questão”.
Sobre a proposta dos servidores, que revogaria duas leis que autorizam o Estado a contratar as OSSs, Riva se mostrou favorável a um debate amplo. “Saúde pública é dever do Poder Público. Dar a administração para as OSSs é se esquecer que existem servidores qualificados, além de representar a incompetência do poder público na gestão da área”, afirmou.