Com surto de febre maculosa pelo Brasil, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, disse que não existe motivo para preocupação. Porém, garantiu que a pasta segue atenta, uma vez que Cuiabá, por exemplo, tem bastantes capivaras, um dos principais animais para a transmissão.
O alerta sobre a doença surgiu após o registro da morte de 4 pessoas que estiveram em uma fazenda na cidade de Campinas (SP). Figueiredo acalmou a população mato-grossense sobre registro de doenças no estado, no entanto, afirmou que a secretaria está trabalhando para lançar boletim epidemiológico regional para relatar diagnósticos.
“Nossa equipe está aprofundando no boletim epidemiológico regional para podermos fazer um diagnóstico de registros que temos aqui [Estado]. Provavelmente na próxima semana vamos divulgar, não há motivo de preocupação maior, mas estamos atentos a isso também”, disse ao portal Gazeta Digital.
Porém, segundo ele, sempre há preocupação quando se trata da saúde do Estado. Gilberto ponderou que necessidade de manutenção e atenção é constante. Isso porque, além de atenção à febre maculosa, Mato Grosso apresentou baixa cobertura vacinal contra a gripe. A ideia, conforme o gestor, é criar ações para que a população participe e vá a um posto de saúde para se vacinar.
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim, infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. O carrapato-estrela não é o carrapato comum, que encontramos geralmente em cachorros – a espécie Amblyomma cajennense -, transmissora da doença, pode ser encontrada em animais de grande porte, como bois, e cavalos, aves domésticas, gambás, coelhos e especialmente, na capivara.
A doença apresenta um conjunto de sintomas semelhantes aos de outras infecções: febre alta, dor no corpo, dor na cabeça, falta de apetite, desânimo. Depois, aparecem pequenas manchas avermelhadas que crescem e tornam-se salientes. Os sintomas levam em média de sete a dez dias para se manifestar e a partir daí, o tratamento deve ser iniciado dentro de no máximo cinco dias. Após este período, há sérios riscos de que os medicamentos não surtam mais o efeito desejado.
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