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Secretária municipal contesta dados estaduais e diz que Rondonópolis não tem casos microcefalia

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A secretária de Saúde de Rondonópolis, Marildes Ferreira, contestou os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde sobre 46 ocorrências de microcefalia no município. Durante entrevista coletiva, esta manhã, ela esclareceu que nenhum caso da doença foi confirmado este ano na única maternidade da cidade. Marildes também afirmou que a divulgação equivocada gerou pânico entre as gestantes e mães de bebês que nasceram em agosto na região.

A gestora explicou que para que seja realizada a investigação dos casos suspeitos e seja feita a confirmação do diagnóstico, é preciso que o hospital notifique a vigilância epidemiológica municipal e a Secretaria Municipal de Saúde, o que não ocorreu. “Fomos informados de que a médica infectologista pediatra da Santa Casa forneceu essas informações para o escritório regional de Saúde, que repassou os dados à SES sem o conhecimento do município e sem a assinatura da direção do hospital”.

Ela espera que o governo do Estado faça uma retratação das informações divulgadas. Apesar de não possuir casos confirmados, a secretária afirmou que já está sendo discutida a criação de um ambulatório para receber os casos suspeitos. “Tudo é possível diante do quadro nacional e, atendendo a uma nota técnica do Ministério da Saúde, havíamos marcado uma reunião para quarta-feira (2) onde a criação do ambulatório seria discutida”.

O Ministério da Saúde confirmou oficialmente a relação entre a epidemia de microcefalia e a infecção causada pelo Zika vírus. O Instituto Evandro Chagas, do Pará, identificou a presença do vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, em exames feitos em uma criança do Ceará que nasceu com microcefalia e outras doenças congênitas. Além do Zika, o mosquito também é transmissor da Dengue e do Chikungunya.

Para a secretária, a informação é mais um alerta para a população que ignora os cuidados para evitar a reprodução do Aedes aegypti. “Não adianta a administração municipal realizar campanhas, se quando o agente de saúde sai da casa, os moradores ignoram as recomendações”.

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