A Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica divulgou os dados atualizados referentes à segunda semana deste mês. Em dezembro a Secretaria de Saude recebeu notificação de 20 casos da doença, elevando o total no ano para 11.053. Em 2007, no mesmo período, foi registrado um total de 18.485 notificações.
Os casos graves no ano, continuam os mesmos 12 casos registrados, com 7 deles evoluindo para cura, 2 em tratamento e 3 resultando em óbito.
“O Estado pede aos municípios que acirrem as estratégias de controle da dengue continuando a notificar e atualizar os dados comunicados à Secretaria de Estado de Saúde”, afirmou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica Miriam Estela Freire.
A participação da população, nas medidas de prevenção contra a proliferação do mosquito foi citada pela coordenadora como ponto indispensável para o êxito na luta pelo controle da doença.
A dengue é uma doença viral cujos sintomas começam a aparecer após incubação de 3 a 15 dias após a picada do mosquito infectado com o vírus. Após o aparecimento dos sintomas a doença tem duração aproximada de cinco a seis dias.
Os sintomas são febre alta com início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos que piora com o movimento deles, perda do apetite e do paladar, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, manchas e erupções na pele semelhantes a Sarampo, principalmente no tórax e nos membros superiores, moleza e dor no corpo e dores nos ossos e articulações. Nem todos os sintomas se manifestam, ao mesmo tempo, numa pessoa. Por isso, se alguns desses sintomas se manifestarem, o paciente deve procurar, imediatamente, uma unidade de Saúde.
Sintomas que devem deixar o paciente alerta e apressar ainda mais a sua procura de uma unidade de saúde são os que indicam a ocorrência da febre hemorrágica, manifestação essa que pode matar o paciente em 24 horas se ele não for devidamente socorrido.
Normalmente esses sinais de alerta ocorrem quando acaba a febre e começam a surgir dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, pele pálida, fria e úmida, sangramento pelo nariz, boca e gengivas, sonolência, agitação e confusão mental, sede excessiva e boca seca, pulso rápido e fraco, dificuldade em respirar e perda de consciência. Os sintomas finais, quando a pessoa não é socorrida, são os sinais de insuficiência circulatória e a pessoa ser acometida de estado de choque.
Até o momento não existe vacina para a Dengue nem qualquer medicamento específico contra o vírus Aedes aegypti, mas o diagnóstico precoce, o reconhecimento dos sinais de alerta e a identificação dos casos de febre hemorrágica e síndrome do choque por dengue fazem parte do que é conhecido, por profissionais de saúde, como “manejo clínico” que pode ser traduzido como tratamento geral da doença.
Algumas dessas ações recomendadas são manter a caixa d’água bem fechada. Coloque também uma tela no ladrão da caixa’água. Manter bem tampados tonéis e barris de água. Lavar toda semana, com escova e sabão, os tambores que armazenam água, lavar por dentro, com escova e sabão os utensílios usados para guardar água em casa.
Remover tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas e não deixar que a água da chuva acumular sobre a laje.
No caso dos vasos de plantas, encher de areia, até a borda, os pratinhos dos vasos. Se não tiver colocado areia no pratinho da planta, lavar a mesmo com escova, água e sabão, pelo menos uma vez por semana, fazendo o mesmo com vasos de plantas aquáticas.
Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como potes, latas e garrafas vazias. Colocar o lixo em sacos plásticos, fechar bem esses sacos e deixá-los foram do alcance de animais. Manter lixeiras bem fechadas.