A assistência especializada para pacientes com deformidades craniofaciais, em especial, as fissuras lábios-palatais e para portadores de deformidades congênitas ou pé torto congênito são objetos da renovação de um convênio e da assinatura de um termo de cooperação técnica entre a Secretaria de Estado de Saúde (Ses) e o Hospital Geral Universitário (HGU). A assinatura acontece amanhã, às 8 horas, no HGU, com as presenças do secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro, da diretora do Hospital Geral, Célia Marilena Calvo Galindo, do reitor da Universidade de Cuiabá (Unic), Altamiro Belo Galindo e de todo o corpo clínico do hospital.
Moro disse que os convênios vão proporcionar aos pacientes com fissuras lábios palatais, a oportunidade de receber atendimento de uma equipe multidisciplinar composta por ortodontista, fonoaudiólogo, cirurgião buco-maxilar, psicólogo, odontologista, pediatra, fisioterapeuta,odonto-pediatria, ortodontista, otorrinolaringologista, nutricionistas, além de serviços de implantes ou próteses e enxerto ósseo. “Todos os pacientes de um modo geral precisam dessa assistência para que a reabilitação seja integral, efetiva, estética e funcional”, comentou o secretário, dizendo ainda que, “Os pacientes portadores de deformidades congênitas ou pé torto, serão beneficiados com a assistência ambulatorial e hospitalar das ações e serviços de pré e pós-cirúrgico”.
Segundo o diretor geral do Cridac, Pedro D’Ornellas, pelo termo, o Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac), irá oferecer todo material permanente, a equipe de cirurgiões e anestesista para a realização dos procedimentos de internação e cirurgia aos pacientes de deformidades congênitas ou pé torto. Já o HGU irá disponibilizar o centro cirúrgico e leito de internação aos usuários referenciados pelo Cridac e também irá garantir a assistência necessária ao usuário no pós-operatório enquanto o paciente estiver internado, entre diversos outros serviços. “De imediato serão realizadas duas cirurgias por semana. Atualmente, o Cridac tem uma lista de espera de 48 pacientes. A meta é que até o fim deste ano sejam realizadas 30 cirurgias e as demais já no início do ano que vem”, disse ele.
De acordo com o diretor geral do Centro Estadual de Odontologia para Pacientes Especiais (Ceope), Fabiano Borges, a renovação do convênio com o HGU tem por finalidade o repasse de custeio financeiro, a título de auxílio, para realização de cirurgia de reabilitação oral e maxilo facial de pacientes com fissuras lábios-palatais, mais conhecido como lábio leporino, cadastrados no Programa de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais. “O Estado vem garantindo a assistência às pessoas com fissuras palatinas desde novembro de 2004, por entender que é um segmento com grande necessidade e que mexe com o estado psicológico da pessoa portadora da doença e também é um serviço de inclusão social”, disse Fabiano Borges.
Segundo a coordenadora do programa, cirurgiã dentista Kátia Tavares Serafim, o Programa de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais já absorve a demanda dos casos de lábio leporino de todo o Estado e faz parte da política estadual de odontologia para pacientes especiais desenvolvida pelo Ceope. Até o momento já foram realizadas 83 cirurgias de correção de fissura lábios-palatais, que tem propiciado a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, a maioria crianças e adolescentes, inclusive indígenas. Atualmente o programa conta com 360 pacientes inscritos, sendo que já estão programadas outras 22 cirurgias, totalizando 105 até fevereiro do ano que vem.
Para regular os serviços, a Secretaria de Estado de Saúde solicita às Secretarias Municipais de Saúde que informem imediatamente à Central Estadual de Regulação os casos de crianças que nascerem com pé torto visando o encaminhamento do tratamento. “O Estado dará toda a atenção e assistência necessária às crianças que nascerem com esta deformidade congênita”, comentou D’Ornellas.
Já os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que necessitam da correção de fissura lábios-palatais devem procurar a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência, onde passará por uma avaliação médica. Detectada a necessidade, o profissional encaminhará o paciente para a Central de Regulação, que agendará a consulta especializada no Programa de Reabilitação.