A Secretaria Estadual de Saúde recebeu confirmação para 19 casos de Leishmaniose Visceral no Estado, até novembro. Desse total 6 casos foram em Rondonópolis e os outros 4 em municípios próximos. 16 foram tratados e evoluíram para a cura. Três casos resultaram em óbito – um em Rondonópolis e dois em Cuiabá.
É uma doença de transmissão silvestre, pelo inseto Flebotomíneo, com característica de ambientes rurais, mas que, ultimamente, está evoluindo para invadir áreas urbanas e Periurbanas.
Segundo a veterinária Silene Manrique Rocha, entre 1996 e 2005 foram encontradas as espécies de Flebótomos, dentre elas as Lutzomyia longipalpis e lutzomyia cruzi, principais transmissoras da doença. A população, em geral, conhece o inseto pelos nomes de Mosquito Palha, Cangalhinha, Asa Branca e Tatuquira, dentre outros. O animal vive em matas e locais com pouca luz, úmidos e que tenham matéria orgânica (fezes de animais, folhas em decomposição, lixo acumulado e outros).
O período de incubação vai de dois a três meses, mas os sintomas podem aparece entre 15 dias a mais de um ano: febre irregular por longos períodos, anemia, palidez, emagrecimento, fraqueza, problemas respiratórios, tosse seca, diarréia e, em casos mais graves, sangramento na boca e nos intestinos (sangue nas fezes, por exemplo). A Leischamniose tem cura e o tratamento pode ser encontrado nas unidades de saúde pública.
O Ministério da Saúde elegeu como municípios prioritários onde foram encontradas pessoas com resultado positivo para o vetor e cães com a doença, 25 localidades: Alto Araguaia, Barão do Melgaço, Barra do Garças, Cáceres, Canabrava do Norte, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, General Carneiro, Jaciara, Juscimeira, Luciara, Mirassol D’Oeste, Nossa Senhora do Livramento, Novo São Joaquim, Nobres, Nova Brasilândia, Peixoto de Azevedo, Poconé, Poxoréo, Primavera do Leste, Rondonópolis, Rosário Oeste, Santo Antonio do Leverger e Várzea Grande. Nesses municípios é feito o controle vetorial e inquérito canino (coleta de sangue nos cães).