No bairro Alvorada, onde morreram esta semana 2 crianças de dengue hemorrágica, é realizado um trabalho de bloqueio do mosquito vetor pelos técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Agora, são 7 casos do tipo mais grave da doença e 64 na forma clássica apenas em Cuiabá. O diretor de Vigilância a Saúde e Ambiente, Wagner Simplício, diz que a tendência é de aumento da dengue hemorrágica, principalmente entre as crianças. Ele explica que existem no mundo 4 vírus da dengue, sendo que 3 são encontrados em Mato Grosso. O número do vírus aumenta conforme a gravidade e cada vez que um novo tipo é inserido na Estado, existe um surto da doença.
O diretor esclarece que as crianças são vítimas fáceis porque não possuem o sistema de defesa do organismo completo. A hemorrágica é uma evolução da doença clássica e age na destruição das plaquetas do sangue. Em pouco tempo de atuação no organismo, a pessoa atingida começa a ter sangramentos pelo corpo, como no nariz e na boca, que pode levar à morte. A ação do vírus é rápida, por este motivo, Simplício diz que quando as pessoas sentirem qualquer tipo de sintoma da dengue, como febre alta, vômito e dores no corpo, precisam procurar um posto de saúde o mais rápido possível.
Combate – Agentes de saúde vistoriam as casas da vizinhança, onde morava o menino de 6 anos, Luiz Henrique Lima, que morreu na quinta-feira (12) de dengue hemorrágica. Eles fazem o combate químico ao mosquito vetor, que voa em um raio de 400 metros, em busca de alimento e abrigo. Os profissionais usam bombas mecânicas, que ficam presas ao corpo para borrifar o produto químico, que segundo Simplício não traz prejuízos a saúde humana. Ele afirma que os moradores precisam estar atentos aos quintais, que de acordo com pesquisas da SMS possuem cerca de 80% dos focos. O especialista diz que as fêmeas colocam os ovos em lugares secos, beira de garrafas e potes, e para eclodirem e virarem larvas precisam de água.