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Saúde inicia campanha de vacinação anti-rábica em 20 municípios

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) realiza a campanha de intensificação da vacinação anti-rábica animal nas zonas urbana e rural de 20 municípios de Mato Grosso. O período de vacinação vai de 14 de maio a 17 de junho e é voltado
paras as cidades de fronteira internacional e que possuem Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A meta é vacinar 128.850 animais, sendo 109.300 cães e 19.550 gatos.

A campanha se justifica nos municípios que necessitam de reforço no combate à raiva animal, por não terem alcançado a meta estabelecida pelo Estado de vacinar no mínimo 80 % da população canina estimada ou por se situarem em área
de fronteira com a Bolívia, onde está ocorrendo uma epizootia (epidemia de doenças em animais) de raiva. Outros itens considerados para estabelecer os municípios que realizarão a intensificação vacinal, são a ocorrência de casos de raiva no município e a existência de Centros de Controle de Zoonoses, que é o caso de Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis. Conforme a coordenadora de Vigilância Ambiental, Vera Lúcia Dias Lopes, os municípios têm autonomia para desenvolver suas estratégias de vacinação assim como definir a data de início da campanha. Cidades como Cocalinho e Campinápolis, por exemplo, já começaram
a imunizar os animais da zona rural. Em Cuiabá, onde a meta é atingir 92.880 animais, a vacinação deve iniciar até o início de junho. “A orientação da Saúde é que a vacinação seja feita de casa em casa, postos fixos e volantes,
podendo ainda ser feita de forma combinada ou isolada, dependendo das condições locais”, comentou.

Os demais municípios que realizarão a campanha são: Araguaiana, Cáceres, Porto
Esperidião, Jaúru, Comodoro, Nova Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade,
Jaciara, Poxoréo, Rondonópolis, São José do Povo, Itaúba, Nova Santa Helena,
Nova Ubiratã, Santa Rita do Trivelato, Denise e Porto Estrela. “A Saúde já
disponibilizou para os municípios um total de 135.539 doses, com um acréscimo
de 5% de segurança para eventuais perdas, além de seringas e do cartão do
animal, que visa o controle da vacinação a cada ano”, informou a
superintendente adjunta de Saúde Coletiva, Moema Blatt.

De acordo com Moema Blatt em todo o Estado, de 559.033 animais, sendo 465.189
cães, foram vacinados 453.126 cães durante a campanha do ano passado,
representando um índice de 96,21% de cobertura vacinal. “No geral, Mato Grosso
vem alcançando resultados satisfatórios na cobertura vacinal animal, porem
alguns municípios necessitam aplicar um reforço vacinal aos animais, por se
enquadrarem nas situações em que há risco de ocorrência de casos de raiva em
cães e gatos”, disse. Em 2004, o Estado registrou 107 casos de raiva animal,
sendo 37 caninos e os demais entre bovinos e eqüinos, sendo que nestes casos a
doença é transmitida pelo morcego hematófago. Desde 2002, não há ocorrência de
casos de raiva humana, transmitida por animais domésticos.

O QUE É – A raiva é uma doença dos animais mamíferos, causada por um vírus,
que pode ocorrer nos homens. É mortal tanto para os homens quanto para os
animais. “A melhor forma de proteção contra a raiva é vacinar os animais.
Assim, a população estará ajudando o Estado a atingir a sua meta que é zerar
os casos de raiva”, comentou a coordenadora de Vigilância Ambiental. Vera
Lúcia lembrou ainda que a vacina é grátis e não faz mal nenhum ao animal.

Conforme Vera Lúcia, a transmissão da raiva ocorre quando o vírus rábico
presente na saliva do animal infectado entra no organismo, por meio da pele ou
de mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambeduras. Nestes casos, a
orientação é lavar bem o local ferido com água e sabão, não fazer curativos e
procurar a unidade de saúde mais próxima. No Brasil, o principal animal que
transmite a doença ao homem é o cão, mas morcegos e gatos também podem
transmitir a raiva.

O animal doente apresenta sintomas como: mudança de comportamento e de
hábitos, salivação abundante, dificuldade para engolir, paralisia das patas
traseiras e o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”.
O animal que apresentar estes sintomas deve ser mantido preso e observado por
10 dias. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município deve ser
procurado imediatamente, na falta deste, procurar o posto de saúde mais
próximo.

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