Uma espécie de faixa de bairros contínuos da cidade concentra a grande maioria dos casos de leishmaniose visceral em humanos em Rondonópolis, entre 2007 e o começo de 2008. Dos 19 confirmados, 14 foram em uma faixa de bairros entre a Vila Iracy e o Monte Líbano, principalmente em bairros como Vila Castelo, Jardim Kênia, Residencial Buriti, Jardim Santa Fé e Vila Ipê. Contudo, há casos em pontos distintos da cidade, como Jardim Atlântico, Vila Aurora e Vila Olinda. A estatística foi feita a partir de dados da Vigilância Epidemiológica.
Foram 13 casos de leishmaniose visceral confirmados no ano passado, sendo especificadamente nos bairros Vila Aurora, Vila Castelo (02), Marechal Rondon, Vila Operária, Jardim Atlântico, Santa Fé (02), Centro, Residencial Buriti, Vila Olinda, Vila Iracy e Vila Mineira. Desse total, em nove casos, os pacientes tiveram Rondonópolis como o provável local de contração da doença, pois não se deslocaram para outros lugares em um certo período, segundo a Vigilância Epidemiológica. Entre os 13 casos de 2007, quatro das vítimas que morreram residiam nos bairros Marechal Rondon, Centro, Vila Olinda e Vila Iracy.
Neste começo de 2008, foram confirmados cinco casos de leishmaniose visceral, sendo especificadamente nos bairros Jardim Ana Carla, Vila Ipê, Monte Líbano (02), Residencial Buriti e Jardim Kênia. Desse total, em cinco casos, os pacientes tiveram Rondonópolis como o provável local de contração da doença, pois não se deslocaram para outros lugares por um certo período, segundo a Vigilância Epidemiológica. Entre os seis casos de 2008, duas das vítimas que morreram residiam nos bairros Residencial Buriti e Jardim Kênia.
Mais de 240 profissionais estiveram mobilizados nesta quinta-feira, em um mutirão contra a leishmaniose visceral na região do PSF CAIC, abrangendo 10 bairros. A área foi escolhida para sediar o projeto piloto por concentrar o maior número de casos positivos da doença em cães, em vetores (mosquitos flebótomos) e em seres humanos. O objetivo principal foi a promoção da limpeza de residências e quintais.
A coordenadora municipal de saúde coletiva, Maria da Glória Ormond Pereira, justificou que o mutirão passou de casa em casa levando orientações de educação em saúde quanto à limpeza das residências e quintais. Nas visitas, as equipes orientaram os moradores a recolher o lixo e colocá-lo em frente das casas, para o recolhimento na próxima segunda-feira. O lixo orgânico será recolhido pelo Sanear, enquanto que o doméstico pela Coder.
Além da Secretaria Municipal de Saúde, o mutirão contou com o envolvimento das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Promoção e Assistência Social, da Fiscalização Urbana, bem como com o apoio técnico do Escritório Regional de Saúde. O PSF CAIC e a Policlínica de Vila Operária funcionaram como pontos de concentração da iniciativa, que teve ações diversas.
Entre outras ações, Glória Ormond citou a realização do inquérito canino, com a coleta de sangue dos cães com sintomas suspeitos para exames que diagnostiquem a doença. A coleta do sangue dos cães estava sendo feita nos pontos de concentração, mediante apresentação dos animais pelas equipes ou dos próprios moradores. Outra atividade foi a prestação de assistência aos pacientes, fazendo busca ativa na região, isto é, pacientes com sintomas e sinais suspeitos foram levados para a realização de exames.
Moradores com galinhas e porcos nos quintais, por sua vez, foram notificados a retirar as criações. Segundo a coordenadora, como esses tipos de criações na zona urbana são proibidas, os moradores serão multados, caso não obedeçam as notificações. No geral, conforme a coordenadora, a população foi muito receptiva ao mutirão, apontando como maior reclamação os terrenos baldios, que acabam sendo transformados em depósito de lixo por parte dos moradores.
Glória Ormond reforçou que há a necessidade de haver um conjunto de ações integradas para eliminar o vetor transmissor da doença, o mosquito flebótomo. A intenção da municipalidade é ampliar futuramente esses mutirões para outras regiões da cidade.
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