A Secretaria de Estado de Saúde (SES) vem monitorando casos de hantavirose em Mato Grosso e já desencadeou ação de vigilância para ocorrências na região do Médio Norte, mais especificamente em Barra do Bugres, onde foram detectados casos suspeitos da doença.
Segundo dados da Superintendência de Vigilância em Saúde, nos primeiros dias de janeiro foram notificados, no município, quatro casos com suspeita de serem hantavirose, sendo que um desses casos foi a óbito. Os outros três pacientes estão internados. No final de dezembro, foram notificados, ainda em Barra do Bugres, cinco casos com suspeita de hantavirose. Desse número dois casos foram a óbito e um caso evoluiu para a cura e dois casos continuam em tratamento.
O superintendente em exercício da Vigilância em Saúde, Benedito Oscar de Campos, disse que “o Estado está presente na região desde o surgimento dos primeiros casos suspeitos ocorridos em Dezembro do ano passado. Equipes da Vigilância Epidemiológica estão fazendo investigação epidemiológica, visitas às pequenas propriedades rurais, em princípio, que são onde estão ocorrendo os casos, promovendo orientações no intuito de evitar que o rato fique próximo das residências além de dar orientações práticas no armazenamento da colheita e na observação sobre os sintomas da doença para que seja feita a busca imediata do médico. Será feito trabalho com os médicos da região para os protocolos clínicos da doença”.
Material de sorologia foi coletado e enviado ao Laboratório Evandro Chagas, em Belém do Pará para a realização do teste sorológico. O resultado deve sair dentro de 30 dias. As investigações epidemiológicas desses casos suspeitos estão sendo desenvolvidas no município porque as culturas de grãos como o milho, arroz, soja e a de cana-de-açúcar atraem o roedor, que vem em busca de alimento. A hantavirose é transmitida por ratos do campo e foi observada a presença deles nessas propriedades.
A Secretaria de Estado de Saúde orienta que, para impedir que os ratos invadam os arredores das propriedades e os silos, os moradores das éreas rurais devem obedecer as normas de controle.
A hantavirose é uma doença de letalidade elevada, em torno de 50%, mas mesmo diante dessa característica a Secretaria de Estado de Saúde vem conseguindo baixar esse indicativo. Em 2007 foram notificados 21 casos de Hantavirose no Estado. Desse número 13 casos evoluíram para a cura e 8 casos foram a óbito, ou seja, a letalidade ficou em torno de 39%.