A existência de uma única porta de entrada na Santa Casa de Misericórdia e Maternidade de Rondonópolis tem gerado insatisfação. Após o fechamento da porta de entrada dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), o movimento dos pacientes, funcionários e visitantes têm se concentrado apenas na porta de entrada da ala particular. Com isso, conforme informações recebidas pela reportagem, a concentração de pessoas na porta de entrada tem sido expressiva, principalmente nos horários de visitas, comprometendo a qualidade no atendimento.
Com o fechamento da porta de entrada dos pacientes do SUS, uma das queixas expostas ao Jornal A TRIBUNA é em relação às inconveniências para as gestantes, considerando o tamanho do hospital. Em um exemplo, expuseram que a porta de entrada da ala particular, em funcionamento hoje, fica distante do setor de obstetrícia da Santa Casa, fazendo com que as gestantes sejam removidas, da porta até o setor, em um longo trajeto. Vale ressaltar que, na portaria em funcionamento, há atendentes diferentes para pacientes do SUS e de convênios e particular, para agilizar o serviço.
Ademais, o espaço da ala particular ficou pequeno para atender todo o fluxo de pessoas do hospital. A administração do hospital repassou ao Jornal, via assessoria, que o fluxo diário de pessoas pela Santa Casa, para realização de algum procedimento, seja internação, consultas ou outros, é de cerca de 350 pessoas. A assessoria repassou ainda que o Corpo de Bombeiros também disse à administração que, devido ao tamanho do hospital, haveria a necessidade da existência de mais portas de acesso ao mesmo.
Ouvida pela reportagem, a promotora de Justiça Ivonete Bernardes Oliveira Lopes afirmou que o motivo da grande concentração de pessoas e insatisfação não é o fechamento da porta de entrada do SUS. Justificando uma das reclamações, ela disse que já havia orientado a direção do hospital a diferenciar o horário de visita para gestantes, pacientes da UTI e convênio/particular. Portanto, garantiu que a administração não está sabendo coordenar o horário de visitas. Em relação ao público SUS, salientou que, em se tratando de consultas, a Santa Casa atende apenas gestantes.
Ivonete Bernardes acrescentou que ela recebeu denúncia dos próprios pacientes da área de convênio e particular, no caso da Unimed, em relação à ausência de médicos plantonistas na área de ortopedia e pediatria, gerando acúmulo de pacientes no saguão de entrada. Diante disso, externou que o Ministério Público já está tomando todas as providências possíveis. Finalizou destacando que, se houver qualquer problema no atendimento, as pessoas podem entrar em contato com o Ministério Público, seja por telefone [3426-7744] ou comparecendo pessoalmente em sua sede.