A dívida do Estado com a Santa de Casa de Rondonópolis está crescendo. O valor mensal do repasse que seria para pagar os salários dos médicos plantonistas que é de R$ 669 mil está atrasado há três meses. De acordo com o diretor presidente do hospital, Fausto Del Claro, falta também recursos para a compra de medicamentos e materiais. A situação é de insatisfação entre a classe médica e pode gerar uma nova paralisação nos atendimentos a qualquer momento.
O último pagamento feito aos médicos foi na última visita do governador, Silva Barbosa, à cidade, referente ao mês de maio. Ou seja, os médicos estão com o pagamento atrasado dos meses de junho, julho e agosto. A soma ultrapassa os dois milhões de reais. Os médicos haviam posicionado que se até o dia 15 deste mês o Estado não liberasse o repasse uma nova paralisação seria deflagrada, a exemplo da anterior. "Hoje (03) mesmo eu falei na secretaria de estado de Saúde e fui informado que não há previsão para que o recurso seja liberado. Os médicos são iguais aos outros trabalhadores. Eles trabalharam tem direito de receber", pontuou Fausto.
Mesmo com os médicos ainda mantendo os atendimentos a situação da Santa Casa está ficando complicada. Não há dinheiro para comprar remédios e materiais para procedimentos. "Nãos sambemos até quando vamos conseguir manter os serviços. Nossos estoques podem acabar porque não temos controle da demanda da saúde que é variável", contou o diretor presidente.
Fausto reforçou o alerta para a eminência da paralisação dos médicos, já que o prazo estipulado por eles venceu. "Quem vai perder é a população que pode ficar sem acesso a saúde pública", finalizou. O repasse do Estado é um incentivo, ou seja, complemento para suprir o déficit da tabela SUS (Sistema Único de Saúde).