Ficará pronto na próxima quarta-feira (22) o relatório sobre a atual gestão da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT). O documento foi solicitado pelo governador Silval Barbosa (PMDB) ao titular da pasta, Mauri Rodrigues de Lima e trará um diagnóstico de todos os setores atendidos pela Secretaria. A elaboração é acompanhada pelo secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, que fará a análise do documento.
Entre os itens que estarão contidos no documento estão a atual situação dos repasses aos municípios, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a gestão de convênios mantidos com o Ministério da Saúde, e os reais problemas verificados na Farmácia de Alto Custo, cujo caos foi denunciado pelo Jornal A Gazeta nesta semana. Atualmente, o serviço não tem conseguido atender a pacientes portadores de doenças graves e crônicas.
Para Nadaf, os ajustes nos processos, justificativa dada por Rodrigues para parte dos problemas, devem ser feitos sem ocasionar problemas, como o desabastecimento da farmácia. “A questão da falta de medicamentos é pontual, não deveria chegar a este grau, com grande insatisfação por parte dos pacientes, e será resolvida com urgência. Acredito que seja necessário apenas ajustar as ações, organizar a pasta. Tudo já está sendo revisto para, o mais rápido possível, garantirmos o acesso da população aos medicamentos”.
O chefe da Casa Civil lembrou que os problemas na Saúde são recorrentes e ocorrem há vários anos e que a atual gestão, Rodrigues tomou posse na SES em janeiro, trabalha para corrigir as falhas nos processos. Nesta quinta-feira (16), Nadaf e Rodrigues estiveram reunidos na SES para trabalharem na forma do relatório. Logo após o encontro, técnicos da Saúde iniciaram a elaboração do documento, que conta com o auxílio de servidores da Casa Civil.
Paralelo ao relatório, Barbosa já determinou a execução de um plano emergencial para colocar fim às prateleiras vazias da Farmácia de Alto Custo, além do processo licitatório já iniciado pela SES para a compra dos medicamentos, divididos em 3 lotes, que atenderão aos usuários do Sistema Único de Saúde, da Portaria 172, que regulamenta os medicamentos não ofertados pelo governo Federal, e aqueles que ingressam com ações judiciais para garantia de atendimento. A expectativa é que na próxima semana alguns avanços tenham ocorrido.