Como forma de integração entre os componentes do grupo da Saúde com Alegria de Cuiabá, Colíder, Sorriso, Cáceres e Rondonópolis, será realizado no auditório da Escola de Saúde Pública, entre os dias 12 e 13 de setembro, um encontro onde serão debatidas as formas de trabalho, trocas de experiências e treinamento das técnicas artísticas aplicadas aqui na capital. “Esse encontro irá servir como ponte de apoio para detecção dos problemas dos grupos das regionais e verificar se estão sendo realizados os trabalhos de forma adequada nos ambientes hospitalares de cada município”, disse a doutora palhaça Eneida Vandone.
Seguindo a política de humanização do Sistema Único de Saúde, a Secretaria de Estado de Saúde criou, a partir do mês de junho de 2004, o projeto Saúde com Alegria que tem como principais objetivos proporcionar sensação de bem estar, facilitar e otimizar as atividades médico-terapeuticas, clínicas e de tratamento para as pessoas que se encontram internadas em hospitais, servidores hospitalares, corpo clínico e também as pessoas portadoras de necessidades especiais.
Para efetivação dos trabalhos do encontro, serão realizadas atividades lúdicas, de entretenimento entre os componentes, entendimento das técnicas a serem desenvolvidas nas visitas, técnicas de maquiagem e explicação da portaria de normatização e regulamentação dos serviços de humanização no ambiente hospitalar.
A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso foi a primeira a instalar o projeto, em todo o país. Com a publicação no Diário Oficial, do dia 27 de abril de 2005, da portaria nº 053, o serviço ficou oficialmente vinculado à Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Humanos.
Atualmente, em Cuiabá o grupo Saúde com Alegria é composto por oito servidores. Os Doutores Palhaços atuam no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá e Várzea Grande, Hospital Julio Muller, Hospital Geral Universitário, Hospital do Câncer e Santa Casa de Misericórdia.
Nas cidades de Colíder, Sorriso, Cáceres e Rondonópolis o projeto surgiu a partir de setembro do ano passado, quando treze servidores da Saúde foram capacitados para exercer a função de “suavizadores hospitalares” atuando nos hospitais de cada município. ”Por isso é que tivemos a idéia de realizar esse encontro para que possamos interagir nossas idéias com o pessoal do interior e verificar as necessidades e as dificuldades encontradas para efetivação dos trabalhos a serem desenvolvidos nos hospitais. A finalidade do projeto é nobre e também visa manter a qualidade de vida do paciente”, enfatizou a doutora palhaça Zenaide Ferreira Rocha.
Especialistas que trabalham com humanização afirmam que a suavização do ambiente hospitalar promove redução do tempo de internação, aumento do bem-estar gera dos pacientes e funcionários e a diminuição das faltas de trabalho entre a equipe de Saúde. Como conseqüência, o hospital também diminui seus gastos. Uma pesquisa realizada pela enfermeira Eliseth Ribeiro Leão, na USP, atestou que mulheres com fibromialgia, doença caracterizada por um tipo de dor crônica, submetidas à apreciação de música erudita, enquanto no hospital, tiveram uma redução significativa da dor em 90% dos casos. O grupo de Eliseth chama-se “Menestréis da Tarde”.
A Humanização hospitalar está adquirindo tanta importância que um Congresso Humanização Hospitalar em Ação já está em sua quinta edição com a reunião a ser realizada neste ano de 2005 por voluntários e profissionais de Saúde que lidam com o universo da humanização do ambiente hospitalar.