Os profissionais do hospital regional de Colíder devem realizar, hoje à tarde, uma passeata para demonstrar os descontentamentos com a nova forma de gestão da unidade, que passou a ser comandada por Organização Social de Saúde. Eles apontam, por meio de um conselho multidisciplinar criado recentemente, que houve redução de até 50% nos salários, atraso do pagamento referente a março e casos de carga horária excessiva. A mobilização começará em frente do Ministério Público. Haverá passeata na principal avenida da cidade.
Um fisioterapeuta, que preferiu não ser identificado, afirmou que no dia da anulação do contrato, o secretário Estadual de Saúde, Vander Fernandes, confirmou o pagamento salarial referente a março até a última quarta-feira (25), porém, os profissionais alegam que ainda não receberam.
A unidade passou a ser gerida pelo Instituto Social Fibra, em janeiro, no entanto, o contrato foi cancelado no dia 13 de abril pois a organização não teria cumprido cláusulas estabelecidas. Em seguida, o governo estadual determinou que o Instituto Pernambucano de Assistência em Saúde (IPAS) assumisse a gestão, temporariamente, por meio de contrato emergencial.
A mobilização, que deve contar com o apoio de representantes do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso, não interromperá os atendimentos no hospital. “O pessoal sairá para a manifestação mas os atendimentos continuarão ocorrendo com um percentual permitido legal, que é de no mínimo 30%”, apontou o fisioterapeuta.
Esta não é a primeira vez que os profissionais se mobilizam. Um dia antes da rescisão contratual com a primeira OSS ser anunciada, os trabalhadores da unidade suspenderam os atendimentos ambulatorias, cirurgias e exames e fizeram apenas os procedimentos considerados básicos como forma de cobrar os pagamentos referentes a fevereiro e março. Na ocasião, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde afirmou que o pagamento de fevereiro já havia sido feito e de março deveria ser regularizado em breve.