Os profissionais da saúde da rede estadual (médicos, enfermeiros, entre outros) realiza, hoje, a partir das 13h, uma grande passeata pelas ruas da capital. Eles pretendem “marchar” da praça Ulisses Guimarães até a sede da Assembleia Legislativa, onde participarão de audiência pública com os deputados estaduais.
O movimento, liderado pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), é uma forma de protesto contra o novo modelo de gestão da saúde que está sendo implantado pelo governo do Estado. A categoria acredita que este novo sistema, proposto pelo secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, ocasionaria a tercerização do setor com as Organizações Sociais (OS) no comando.
“O Sistema Único de Saúde (SUS) é invejado por países de todo mundo. É claro que existem problemas, mas certamente a contratação de Organizações Sociais não é a melhor solução. Ela não pode ser vista como a panacéia ou a cura de todos os males, como deseja o secretário estadual de Saúde, Pedro Henry”, explicou o presidente do Sindimed, Edinaldo Lemos, por meio da assessoria de imprensa.
“Acho que antes dos deputados aprovarem a mensagem do Executivo, liberando a contratação de Organizações Sociais pelo Governo do Estado para gerir os quatro Hospitais Regionais de Mato Grosso, deveriam ter discutido com a sociedade esse novo modelo. Afinal, qual é a finalidade da chamada ‘Casa do Povo” e do Conselho Estadual de Saúde”.
Conforme Só Notícias já informou, a categoria decidiu entrar em greve por tempo indeterminado, na semana passada. Assim como os médicos, cerca de cinco mil servidores da saúde também devem entrar em greve esta semana. Em assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e Meio Ambiente (Sisma), ficou definido que estes servidores estão em estado de greve. Além disso, o Ministério Público Estadual obteve uma liminar na Justiça suspendendo a contratação de uma OS para comandar o Hospital Metropolitano de Várzea Grande.