A recém-nascida, 25 dias, foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança, em Goiânia (GO), onde receberá tratamento para pneumonia e complicações respiratórias. A medida foi tomada após a Defensoria Pública de Mato Grosso pedir, e a justiça determinar o bloqueio de R$ 145 mil do Estado. O dinheiro custeou o transporte aéreo e servirá para pagamento de 10 dias de UTI e cinco em apartamento, além da cobertura de medicamentos, exames e atendimento médico especializado para a bebê que contraiu, logo após o nascimento, no município de Querência (966 km de Cuiabá).
A menina nasceu prematura e com dificuldades respiratórias no dia 6 de abril, 22 dias depois, voltou para o hospital com pneumonia e em estado grave, o que levou a equipe médica a indicar UTI, no domingo.
O defensor público que atua em Nova Xavantina e atendeu o caso no plantão, Leandro Jacometti de Oliveira, entrou com ação na justiça, com pedido de liminar, para que o Estado providenciasse a vaga, no mesmo dia. No início da noite, o juiz plantonista Ítalo da Silva, determinou que a transferência e que a vaga fosse providenciada imediatamente.
Segundo a defensoria, fizeram orçamentos em nove hospitais diferentes, até conseguirem o de Goiás. E com base no documento, entraram com o pedido de bloqueio.
Conforme Só Notícias já informou, outras duas meninas que estavam internadas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Sinop, não tiveram a mesma sorte. Isis Emanuelly Cardoso, de 1 ano e dois meses morreu, no último sábado enquanto aguardava transferência para o hospital regional ou uma vaga de UTI em outra unidade. Ela havia dado entrada na noite anterior com febre e tosse, suspeita de pneumonia. O quadro da menor evoluiu e ela precisou ser entubada. Foi feita a regulação, a Defensoria Pública entrou com pedido de liminar e foi concedido. Por volta das 2h foi feita a notificação do hospital, mas até no sábado de manhã a criança ainda não havia conseguido a vaga na UTI e acabou falecendo.
O outro caso ocorreu na última terça-feira, quando uma menina indígena, recém-nascida, com menos de um mês de idade, que estava UPA com suspeita de meningite também faleceu aguardando vaga na UTI do regional de Sinop. Na data secretaria municipal de Saúde informou que a criança tinha liminar há mais de 10 dias para transferência que não ocorreu.