A prefeitura de Sorriso, através do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, confirmou um caso positivo de febre mayaro, conforme resultado divulgado na semana passada pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado. O paciente, de 4 anos e 11 meses, teve exames coletados em março, na Unidade de Saúde da Família, Jardim Primavera.
Durante o período, segundo a prefeitura, a criança evoluiu bem com sintomas leves e com rápida recuperação. Também não houve registro de viagem da família no período, informou o município.
Ainda no comunicado, a prefeitura esclarece que na data dos exames, a criança apresentava febre, coriza e dor abdominal, inicialmente com suspeita de dengue, o qual testou negativo. “Na sequência, levando em consideração, o grande número de amostras encaminhadas por todo o Estado e por decisão do Lacen (Laboratório Central) os exames que haviam negativado para dengue, chigunkunya e zika vírus foram novamente testados, desta vez para outras arboviroses como o mayaro e o oropouche. Nessa nova testagem, a amostra encaminhada por Sorriso positivou para mayaro”.
Os sintomas da febre do mayaro são semelhantes aos provocados pelo vírus chikungunya e outros arbovírus. O quadro clínico inicia-se com síndrome febril aguda inespecífica, que pode acompanhar dores de cabeça, dores musculares e exantema (erupção geralmente avermelhada que aparecem na pele devido dilatação dos vasos sanguíneos, ou inflamação), dificultando o diagnóstico diferencial, assim como a determinação da incidência da febre do mayaro. Dores em uma das articulações, que pode ser acompanhada de edema articular, é o principal sintoma das formas severa se, ocasionalmente, pode ser incapacitante ou limitante, persistindo por meses. Casos graves podem apresentar encefalite (inflamação no cérebro), mas na maioria dos casos a doença é autolimitada, como desaparecimento dos sintomas em uma semana.
A secretaria de Saúde reforçou que, caso surjam sintomas relacionados à dengue, ou outras arboviroses, o indicado é que o paciente vá até alguma Unidade Básica de Saúde.
Segundo o ministério da Saúde, a febre do mayaro é uma doença infecciosa febril aguda, cujo quadro clínico geralmente não tem gravidade, assim como dengue e chikungunya. Causada pelo vírus mayaro, é um arbovírus da família togaviridae (mosquitos silvestres), gênero alphavirus, assim como o vírus chikungunya, ao qual é relacionado genética e antigenicamente.
O primeiro surto deste vírus no Brasil foi descrito em 1955, às margens do rio Guamá, próximo de Belém, Pará. Desde então, casos esporádicos e surtos localizados têm sido registrados nas Américas, incluindo a região Amazônica do Brasil, principalmente nos estados das regiões Norte e Centro-Oeste.
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