A presidente da Associação Nacional de Biossegurança, Leila Macedo, disse que nunca existe risco zero de contaminação, mas que os profissionais do Instituto de Infectologia Evandro Chagas, tanto na parte hospitalar (Rio), quanto na laboratorial (Belém), foram treinados para atender casos de ebola. Ela se refere à qualidade do serviço prestado pelo instituto, que faz análise para confirmar ou não o primeiro caso de ebola no país.
“Os procedimentos são complexos. Você vê o que aconteceu na Espanha. O simples fato de a enfermeira ter errado na hora de tirar o equipamento de proteção individual foi suficiente para ela ser contaminada. Mas se os procedimentos preconizados pela Organização Mundial da Saúde forem seguidos não haverá problemas”, disse Leila, que também é pesquisadora da Fiocruz.
Ela explicou que o vírus pode ser transmitido pelos fluidos corporais, como lágrimas, sangue, suor. “Se um indivíduo com ebola espirrar, o espirro vai longe e pode haver o vírus”, explicou a pesquisadora, acrescentando que o vírus pode penetrar através da pele.
O primeiro paciente com suspeita de ebola no Brasil é procedente da Guiné, um dos países com epidemia de ebola. O homem de 47 anos deixou seu país no dia 18 de setembro e entrou no Brasil como refugiado. Ontem (9), ele procurou atendimento na Unidade de Pronto-Atendimento em Cascavel relatando febre, tosse e dor de garganta, sintomas iniciados na última quarta-feira (8) – 20 dias depois de sair da Guiné.