Mato Grosso recebeu, esta semana, 11 médicos cubanos participantes do programa do Governo Federal, Mais Médicos. Todos os profissionais vão repor vagas de médicos cubanos que trabalhavam no estado e tiveram o contrato encerrado após três anos de serviços prestados.
A coordenadora de Atenção Primária Substituta da Secretaria de Estado de Saúde, Susilei Lourenço dos Santos, explica que o trâmite é necessário devido ao contrato entre Brasil e Cuba ser de apenas três anos sem renovação. “Os médicos que estavam no estado encerraram seu tempo de trabalho, por isso foram encaminhados novos médicos para repor essas vagas. Isso é uma exigência de contrato exclusivo com Cuba. Médicos de outras nacionalidades podem escolher continuar ou não no Programa por mais três anos”.
Os profissionais chegaram a Cuiabá, na última quinta-feira, e já foram distribuídos aos locais de trabalho. Dois médicos serão remanejados para Colniza. Um para Nova Nazaré e um para Porto Esperidião. Os outros serão remanejados para o Distrito sanitário especial indígena (DSEI). Dois serão responsáveis pelo DSEI Kaiapó do Mato Grosso, um para o DSEI Araguaia, dois para o DSEI Xavante, um para o DSEI Xingu, e um para o DSEI Cuiabá.
Atualmente, Mato Grosso possui 233 médicos participantes do Programa. Desses 166 são cubanos. Os outros 67 estão divididos entre argentinos, venezuelanos, espanhóis e outras nacionalidades. A maioria deles realiza a função de Clínico geral, e alguns tem especialização em Medicina da Família e Comunidade. Os profissionais estão espalhados em 102 dos 141 municípios do estado. A expectativa é que entre março e abril de 2017 cheguem novos profissionais.
“O trabalho desenvolvido por esses médicos através do Programa é importante porque conseguimos chegar a lugares que antes não era possível fixar um médico. Além disso, os custos, quando o município conseguia algum profissional era muito alto e às vezes as condições de trabalho não eram das melhores. O Mais médicos veio para auxiliar e melhorar a saúde,” ressaltou Susilei Lourenço dos Santos
Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou a assistência na Atenção Básica, fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. Além do provimento emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e expansão da formação médica no país. No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde, com foco em unidades básicas e UPAs. Já as medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica no país, que compõem o terceiro eixo do programa, preveem a ampliação das vagas de graduação e residência.