Cirurgiões dentistas de Cuiabá estiveram nessa quinta-feira (04) na Assembleia Legislativa para pedir apoio dos parlamentares nas negociações junto a Prefeitura da Capital. Desde a segunda quinzena de janeiro os profissionais estão em greve. Apenas os serviços de urgência e emergência estão sendo realizados. A categoria reivindica reposição salarial mais a incorporação de insalubridade. O presidente do Sindicato dos Odontologistas (Sinodonto) de Mato Grosso, Gustavo de Oliveira, há 15 anos os profissionais não recebem nenhum reajuste salarial. Nos últimos oito meses a categoria está tentando um acordo com o município. No entanto, não há consenso. “O prefeito apresentou uma proposta de retrocesso de todas as negociações feitas anteriormente”, declarou o dirigente sindicalista.
O salário base dos cirurgiões é de R$ 842. Em Cuiabá, 132 são servidores estatutários municipais e outros 145 contratados. Eles pedem um piso de R$ 1,6 mil. Segundo o presidente do Sinodonto, o prefeito Wilson Santos (PSDB) alega que o impacto na folha seria de R$ 3 milhões.
“Essa Casa já conduziu muitas negociações. Acredito numa solução e estamos nos colocando a disposição como intermediários. Os profissionais de odontologia são mal remunerados, por isso estão desestimulados. Depois de passar anos no banco de uma faculdade, o profissional tem que se deparar com uma situação aonde chega a ganhar menos de dois salários. É inadmissível”, afirmou Riva.
O presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Deucimar Silva (PP), esteve na reunião e disse que será feito o encaminhamento. José Riva disse que irá marcar uma reunião com o prefeito e pediu o apoio da bancada municipal do PP para intermediar as conversações, apoiando a categoria. “Só tem uma forma de acha uma saída é por meio do diálogo”, concluiu Riva.