O número de casos registrados de dengue reduziu em 34,85% em Mato Grosso em relação a 2014, segundo boletim epidemiológico da área de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES). De janeiro a março desse ano, foram registrados 2.357 casos. No mesmo período do ano passado, 3.618 pessoas já haviam sido oficialmente diagnosticadas com a doença.
Segundo assessoria, Sinop, Rondonópolis e Cuiabá são os municípios que apresentaram os maiores números de notificações, com 672, 149 e 134 casos, respectivamente. Em relação à ocorrência de óbitos relacionados à doença, três casos estão em investigação.
A Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde alerta que os cuidados devem ser constantes, principalmente no período chuvoso, quando aumenta o número dos criadouros dos mosquitos transmissores da Dengue e da Febre a Chikungunya. Por isso, é necessário que os munícipios intensifiquem as ações de prevenção e controle das doenças.
É preciso que a população também mantenha os cuidados e combata os focos do mosquito em casa, evitando o acúmulo de água parada e de lixo, nos quintais e terrenos. E caso apresente sinais e sintomas da doença, deve-se procurar imediatamente os serviços de saúde e evitar o uso medicamentos sem prescrição médica.
LIRAA – Apesar da relevante diminuição no número de casos, municípios mato- grossenses apresentaram risco de epidemia. Cuiabá lidera a lista de cidades em situação de risco, segundo o Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRA), realizado nos meses de janeiro e fevereiro. Segundo relatório do Ministério da Saúde, Cuiabá é a única capital do país nessa situação.
Os municípios de Cáceres, Tangará da Serra, Rosário Oeste, Ribeirãozinho, Canarana, São José do Povo, Araputanga, Santa Carmem, Itanhangá, Marcelândia, Juara e Juína também apresentaram índices elevados, com média superior a 3,9%. Apenas 30 cidades possuem situação satisfatória e 40 estão em alerta.
O Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa) e o Levantamento do Índice de Infestação Predial (IIP) têm se tornado uma das principais ferramentas de combate contra a Dengue e a Febre Chikungunya. Além de detectar os locais de foco de reprodução do mosquito transmissor das doenças, os dados fornecidos auxiliam nas ações de controle vetorial e de prevenção.