A primeira ação da campanha janeiro roxo, de conscientização e combate à hanseníase, resultou em 47 atendimentos e 11 diagnósticos confirmados, durante o mutirão realizado no último sábado, na Unidade Básica de Saúde (UBS) São Cristóvão. Haverá outros dois mutirões – dia 19, no Centro de Hanseníase, que fica na Avenida das Itaúbas, no centro, e no dia 26, na UBS Sabrina.
A prefeita Rosana Martinelli, que esteve no mutirão, disse estar preocupada com o número de casos detectados no município no último ano – 737 – e quer intensificar ainda mais as ações direcionadas à prevenção agora em 2019. “Não podemos fechar os olhos para este problema. O tratamento é todo gratuito e temos médicos especializados para atender a população. Sabemos que tem muitos municípios nesta situação, mas o importante é que estamos procurando detectar todos os cidadãos em risco para tratar deles e de seus familiares”, declarou.
O número de pessoas em tratamento subiu 35,7% em 2018, em comparação com o ano anterior, e tende a aumentar ainda mais devido às ações para localizar possíveis portadores da doença.
De acordo com o médico clínico geral Francisco Specian Júnior, ex-secretário de Saúde, “a hanseníase tem se proliferado por conta da falha em não examinar os contatos que, com o passar do tempo, se tornam novos doentes e começam a transmitir a hanseníase em uma cadeia que nunca termina. A hanseníase tem 100% de chances de cura, só que, quando o diagnostico é tardio, mesmo que a pessoa seja curada os danos causados nos nervos serão irreversíveis”, alerta, através da assessoria.