A partir de segunda-feira (20) o combate a dengue será realizado com um novo tipo de larvicida em Cuiabá. Os 320 agentes de saúde que percorrem 255 mil imóveis da Capital recebem um curso de capacitação e atualização durante toda essa semana para dar início a nova forma de combate ao mosquito Aedes aegypti.
A utilização do novo produto, o Diflubenzuron, foi recomendada pelo Ministério da Saúde, já que o larvicida anterior era utilizado em Mato Grosso há cerca de 10 anos, o que pode fazer com que o mosquito se torne resistente à substância. Para o coordenador do programa municipal de combate à dengue, Fábio Henrique Oliveira, Diflubenzuron é um produto tão moderno que será utilizado em quantidades bem menores. Além da Capital, Várzea Grande também vai usar o produto.
Oliveira garante que, além de ser mais eficiente, o novo larvicida é menos prejudicial à saúde dos agentes, pois não é bioacumulativo, ou seja, altamente degradável no organismo humano. Para não repetir os números registrados entre os anos de 2009 e 2010, o coordenador do programa afirma que a Secretaria de Saúde está fechando parcerias com as secretarias municipais de infraestrutura e meio ambiente para a retirada do lixo acumulado neste período da seca – situação agravada pela crise na coleta pela qual a Capital passou nos últimos meses.
A partir do dia 25 de setembro, dia "D" de combate à dengue, a promessa é que pás-carregadeiras e tombadeiras sejam utilizadas para a remoção dos bolsões de lixo formados em terrenos baldios. Oliveira afirma ainda que a secretaria já providenciou a renovação da liminar que permite que os agentes da prefeitura entrem em casas e terrenos abandonados para efetivar a limpeza. Para completar, serão retomados os mutirões de limpeza.
Risco – No início deste mês o Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre os 10 estados que devem enfrentar epidemia de dengue no verão 2010/2011. Apesar de Mato Grosso estar nesse grupo, Fábio Henrique explica que a expectativa é que em 2011 Cuiabá apresente números de casos reduzidos se comparado a esse ano. "De 2009 para cá reduzimos 43% dos casos e pretendemos reduzir ainda mais. Sempre depois de um pico os números tendem a reduzir devido a massificação das ações. E agora vamos qualificar também os professores da rede pública municipal".