Sete médicos especialistas do Hospital Albert Sabin deixarão de trabalhar em plantão de sobreaviso caso não recebam o pagamento pela produção médica – procedimentos de avaliação médica, cirurgias, internações, entre outros – entre os meses de novembro de 2009 e fevereiro deste ano. Eles decidiram esperar até o próximo dia 7. A informação consta em documento encaminhado para a Câmara de Vereadores, ontem, onde são solicitadas providencias para o caso.
Os profissionais médicos são especialistas em ortopedia e traumatologia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e anestesiologia. Eles cobram também a celebração de um contrato de prestação de serviços entre o hospital e os médicos especialistas. Argumentam que, no último dia 5, os especialistas e os administradores da instituição se reuniram para tratar do atraso. “Nesta ocasião os administradores informaram que no dia seguinte seria realizada uma reunião com a prefeitura para solucionar o problema, porém até agora nada foi feito”, consta.
Para a decisão de suspender o atendimento do plantão de sobreaviso os especialistas se baseiam em resolução do Conselho Federal de Medicina, no que se refere ao direito dos médicos, apontando que os profissionais podem “suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou não remunerar digna e justamente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo comunicar imediatamente sua decisão ao Conselho Regional de Medicina”.
A Fundação Mutuense de Saúde – Hospital Albert Sabin é uma organização social, ou seja, é uma entidade privada sem fins lucrativos, que exerce atividades de interesse público. Esse título permite que a mesma receba recursos orçamentários e administre serviços do poder público, através de contratos de gestão. É possibilitado à mesma também o estabelecimento de convênios com planos de saúde e a cobrança de consultas e procedimentos, quando os pacientes não são encaminhados pela rede básica do município.
Através da assessoria, o prefeito de Nova Mutum, Lírio Lautenschlager, falou ao Só Notícias que ainda não foi informado oficialmente da situação, mas que seu objetivo é buscar um entendimento para solucionar o problema e não prejudicar o atendimento da comunidade. A administração do hospital também foi procurada, mas o responsável não foi localizado para falar sobre o assunto.
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Nova Mutum: médicos podem suspender serviços por falta de pagamento
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