A infestação de caramujos africanos é evidenciado em praticamente todos os bairros e fica ainda mais critico no período chuvoso. A presença do molusco está associada a ambientes sujos e úmidos, tanto que o controle depende basicamente da população manter os quintais limpos e sem entulhos. Os caramujos africanos diferem-se das espécies nativas pela sua cor marrom amarelada e por se reproduzirem em larga escala.
Cabe à secretaria municipal de Saúde orientar a comunidade. De acordo com a Vigilância Sanitária, para fazer a coleta é necessário proteger as mãos com luvas ou sacos plásticos para evitar o contato da secreção com a pele humana. Os caramujos devem ser colocados em sacos plásticos e enterrados com cal virgem. A cal evita a contaminação do solo e do lençol freático. Aconselha-se também que o molusco seja queimado evitando assim qualquer tipo de contaminação.
A simples manipulação desses moluscos vivos pode causar contaminação, pois dois tipos de microorganismos perigosos são encontrados em sua secreção. Um deles é o Angiostrongytus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. Os sintomas são dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômito. O outro é o Angiostrongylos cantonensis, causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.
O molusco foi introduzido no Brasil como uma versão do escargot, mas depois descobriu-se que a espécie não é comestível e transmite doenças. Trata-se de um molusco grande, terrestre, que, quando adulto, atinge 15 centímetros de comprimento e 8 centímetros de largura, com mais de 200 gramas de peso. A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos.