Além do Dia Mundial da Saúde, celebrado no dia 7, o mês de abril também marca o Dia Mundial da Doença de Parkinson. A data, dia 11 de abril, foi criada para debater os males causados pela doença, que atualmente afeta cerca de 1% da população mundial acima de 65 anos.
Desde 1817, ano em que foi diagnosticado o primeiro caso de Parkinson, muitas evoluções já foram registradas, mas até hoje não existem métodos preventivos para evitar a doença.
Conforme o neurocirurgião que atua no Hospital Regional de Sorriso, Romero de Castro, o diagnóstico correto e precoce reduz em muito o sofrimento do paciente e da família. “Se o paciente não seguir o tratamento indicado, ele terá grandes limitações, enquanto a medicação e acompanhamento médico podem manter o paciente com todas as habilidades e independente para a vida diária. O intelecto do paciente está preservado, a limitação é motora”.
Existem vários sintomas para a doença de Parkinson. Entre os mais comuns estão a combinação de rigidez muscular, falta de movimentos e tremor durante o repouso. “O que normalmente mais chama a atenção das pessoas é o tremor, contudo o que mais incomoda os pacientes é a rigidez muscular e a falta de movimentos. Isto os limita para andar, vestir e até comer, além causar quedas frequentes. Além disso, pessoas com Parkinson frequentemente apresentam poucas expressões faciais”, explica o médico.
A causa para o desenvolvimento do Parkinson é um problema neurodegenerativo. “Células específicas dentro do nosso cérebro morrem precocemente e com isso perdemos neurônios rapidamente. Isto causa um déficit na produção, falta da substância chamada de dopamina, neurotransmissor cerebral importante nos circuitos cerebrais que nos permitem controlar nossos movimentos”, comenta o neurocirurgião do Hospital Regional de Sorriso, Romero de Castro.
A doença atinge homens e mulheres principalmente a partir dos 50 anos. Atualmente ainda não existe um exame específico para o problema, mas a combinação da história do paciente, exame físico e métodos de imagem como tomografia e ressonância do crânio levam ao diagnóstico correto do problema.
Dentre os tratamentos mais utilizados para controle da doença é o uso de medicações variadas, além de um programa fisioterápico efetivo. “A doença costuma ter evolução gradual, a correção de doses e tipos de remédios é feita pelo médico assistente”, conclui o neurocirurgião.