O Estado de Mato Grosso reduziu 42,7% a notificação de malária, de janeiro a maio, em relação ao mesmo período de 2007, com 1.577 mil casos, ante aos 2.751 mil do ano passado. As informações constam no levantamento de situação epidemiológica da malária, elaborado pelo Ministério da Saúde. Dos 1.608 mil casos confirmados, 1.034 mil foram em garimpos, 352 em assentamentos e acampamentos e 222 em aldeias indígenas. Do total de infectados, 24% são crianças até 9 anos, seguidos de pessoas com até 19 anos. No mapa de risco da malária, Colniza aparece como município de alto risco, e Apiacás, médio.
De acordo com o ministério, a redução na área da Amazônia Legal, foi de 34,8%.A maior queda foi no estado de Rondônia (47%), seguido dos estados do Amapá (45,3%), Maranhão (43,8%), Mato Grosso (42,7%), Roraima (40,6%), Acre (39,5%), Amazonas (33,2%), Tocantins (30,1%) e Pará (15,5%).
Em Mato Grosso a incidência da malária vem diminuindo consideravelmente nos últimos anos. Em 1992 foram quase 200 mil casos, em 1999 foram notificados 10,9 mil, e em 2006, 6.577 mil e, ano passado, 2.571. Em Sinop, foram 61 casos em 2006, e 41 em 2007. O levantamento não apontou os dados por municípios em 2008.
A queda no número de notificações se deu à expansão da rede de diagnóstico, o tratamento oportuno e adequado de pacientes e a inclusão de um novo medicamento (ASMQ) no esquema terapêutico. A malária tem como causa o protozoário Plasmodium. No Brasil, três espécies causam a doença: Plasmodium. vivax, Plasmodium malariae e a Plasmodium falciparum – este último é responsável pela forma mais grave da doença. Não existe vacina contra a doença e, se a infecção não for tratada de forma oportuna e corretamente, pode levar o paciente à morte.