Secretaria de Estado de Saúde realiza todos os anos a campanha contra as hepatites virais. Este ano, a mobilização segue até o dia 30 de novembro, dando continuidade ao processo de conscientização sobre as formas de transmissão, sintomas e tratamento dos cinco tipos mais comuns de hepatites virais.
Em Mato Grosso, desde janeiro, foram notificados 66 casos da doença tipo A, 236 casos da hepatite B e 33 casos da C. Além disso, foram realizados 32.274 exames sorológicos para hepatite B e 15.601 para hepatite C.
Os municípios contam com apoio do Estado na distribuição de kits para testes rápidos e insumos necessários e na mobilização junto à população. Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Flávia Guimarães, o trabalho desenvolvido é uma estratégia para estimular a adesão ao teste rápido, evitando o diagnóstico tardio e consequências como cirrose ou o câncer de fígado.
Flávia destaca que os testes ficam disponíveis para a população durante todo o ano nas Unidades Básicas de Saúde e que todo o tratamento, assim como a imunização contra hepatite A e B, é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A hepatite é causada por vírus e compromete o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. As hepatites virais mais comuns são a A, B e C, mas há outros tipos como os vírus D e E. A transmissão dos tipos considerados mais graves – B, C e D – se dá por meio da relação sexual desprotegida, transfusão de sangue e derivados contaminados, uso de drogas, compartilhamento de seringas agulhas, escova de dente, lâmina de barbear e outros objetos, aleitamento materno e transmissão vertical (de mãe para o bebê, durante o parto).
Um levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que pelo menos 70% da população brasileira já teve contato com o vírus da hepatite A e que aproximadamente 17 mil novos casos de hepatite B são detectados por ano. Além disso, são registrados cerca de três mil mortes por associadas à hepatite C.