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Municípios de Mato Grosso lideram casos de Aids no país

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O mais recente Boletim Epidemiológico Aids-DST divulgado pelo Ministério da Saúde revela que Rondonópolis (60º) e Primavera do Leste (100º) estão entre os municípios brasileiros que apresentaram as maiores taxas de incidência de casos de Aids por 100 mil habitantes. Ainda em sua versão preliminar, o relatório mostra outro dado preocupante: Mato Grosso é 10º e Cuiabá 14ª entre os 26 Estados e a capital federal na mesma estatística.

Considerando o Centro-Oeste, com 17,4 em incidência por grupo de 100 mil habitantes, Mato Grosso ficou a apenas 0,2 abaixo da média nacional. Nos casos da doença em jovens de 15 a 24 anos, perde para Goiás e está muito à frente de Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal, nesta ordem.

Outro detalhe que chama a atenção é que, ainda nesse grupo e em segundo lugar, a transmissão pela exposição sanguínea foi responsável por 36,2% dos casos, atrás da relação sexual. "Nesse caso, a categoria ‘sanguínea" é dividida em usuários de drogas injetáveis (UDI), hemofílico e transfusão, e seu índice pode ser revertido com menos dificuldade se tornarmos mais apurados os exames de sangue", observou o vice-líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, deputado Wagner Ramos (PR).

Ele propôs que passe a ser obrigatória a realização do teste de HIV em todos os exames sanguíneos realizados em Mato Grosso, pelo SUS – Sistema Único de Saúde – ou em laboratórios via convênio público. Segundo o Projeto de Lei n° 76/2012, se o resultado do HIV for positivo a Secretaria Estadual de Saúde deverá receber informação oficial e sigilosa para o incluir nas estatísticas oficiais de saúde. O portador da doença também deverá ser comunicado.

Segundo a Organização da Saúde, o vírus da Aids já matou mais de 25 milhões de pessoas pelo mundo desde o seu descobrimento nos anos 80. A Coordenação Estadual de DST/AIDS do Amazonas estima que, para cada caso confirmado, existam outros quatro desconhecidos pela falta do exame. Essa estatística pode ser ampliada se for considerada a "janela imunológica" ou o intervalo de tempo entre a infecção da pessoa pelo vírus da Aids e a produção de anticorpos anti-HIV no sangue.

No segundo caso, o período de identificação do contágio pelo vírus depende do tipo de exame e da reação do organismo do indivíduo. Na maioria dos casos, a sorologia positiva é constatada de 30 a 60 dias após a exposição ao HIV, mas existem casos em que esse período chega a seis meses.

Em seu endereço eletrônico "aids.gov.br", o governo federal afirma que "a epidemia no país é concentrada". Todos os números citados no Boletim Epidemiológico Aids-DST foram notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) e declarados no Sistema de Informações de Mortalidade (Sim). Eles também estão nos Sistemas de Controle e Logística de Medicamentos (Siclom), e de Exames Laboratoriais (Siscel).

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