O município de Tapurah está sob risco de enfrentar um surto de dengue, neste ano. Outras sete cidades mato-grossenses também estão em situação de alerta. O Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) deste ano revela que Tapurah, registra o índice de infestação de 5,4 enquanto índice considerado satisfatório é abaixo de 1. A relação foi divulgada hoje.
As cidades que registram números de focos do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença, entre 1 e 3,9 já aparecem na lista das localidades que estão em alerta. Nesta situação estão Cuiabá (3,1), Cáceres (3), Santa Carmem (2,1), Rosário Oeste (1,7), Tangará da Serra (1,5), Alta Floresta (1,1) e Diamantino (1,1).
Mato Grosso foi o único estado da região Centro-Oeste com cidade na lista dos municípios brasileiros em situação de risco para a dengue. Mato Grosso do Sul tem 6 municípios em alerta (entre 1 e 3,9) e Goiás tem 17 município em alerta, ou seja, com índice de infestação variando entre 1 e 3,9. Brasília ficou de fora do ranking. No quesito criadouros do mosquito, o Centro-Oeste concentra 31,7% no abastecimento de água, outros 32,2% estão concentrados em depósitos domiciliares enquanto o lixo é o responsável por 36,1% dos criadouros do aedes aegypti.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a pesquisa, que traça um panorama para identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da dengue, foi realizado em 1.239 municípios, o que representa um acréscimo de 31% com relação aos participantes de 2011. No ano passado, 800 municípios realizaram o Liraa que é promovido em parceria com as secretarias municipais de saúde e considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, o que possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção.
Para qualificar as ações de vigilância, prevenção e controle da dengue, o Ministério da Saúde está repassando a todos estados e municípios brasileiros R$ 173,3 milhões. Os recursos representam 20% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção à Saúde e são destinados ao aprimoramento das atividades de controle do vetor, vigilância epidemiológica e assistência ao paciente com dengue.
O montante repassado neste ano significa um acréscimo 87% com relação ao que foi transferido em 2011 e contempla todos os municípios do país. No ano passado, foram transferidos R$ 92,8 milhões a 1.159 cidades que apresentavam maior incidência da doença.