Com 89,17% de cobertura vacinal e 203.563 mil crianças imunizadas, Mato Grosso não atingiu a meta de 95% do público alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite de 2015. A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio do Programa Estadual de Imunização, estuda agora estratégias para que a população descoberta não fique sem imunização. A Campanha foi realizada entre os dias 15 de agosto a 4 de setembro.
Gerente de Vigilância em Agravos Imunopreviníveis da SES, Claudia Soares explica que a ação mais efetiva e eficiente contra as principais doenças preveníveis é a imunização. “A vacina é fundamental no controle das doenças transmissíveis, por isso é importante atingir a cobertura vacinal, não podemos deixar nenhuma porcentagem da população descoberta. Estamos desenvolvendo um planejamento de outras estratégias a fim de sensibilizar a população sobre a importância das vacinas e cumprir a meta de imunização não só contra a pólio, mas das demais doenças”.
Cláudia lembra ainda que não existe tratamento para a poliomielite e a única forma de prevenção é a vacinação. "A vacina é extremamente segura e protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%".
De acordo dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, dos 141 municípios mato-grossenses 87 cumpriram e até superaram a meta de cobertura de 95%, estabelecida pelo Ministério da Saúde. Os demais 54 municípios ficaram com cobertura baixa.
A vacina contra a paralisia infantil faz parte da rotina de imunização infantil e continua disponível nos postos de saúde. Não há contraindicações para o uso. Crianças com sintomas como tosse, coriza, rinite ou diarreia podem receber a vacina normalmente. Já crianças com infecções agudas, febre acima de 38ºC ou hipersensibilidade a algum componente da vacina devem ser avaliadas por um médico, que irá avaliar se a dose pode ser aplicada na hora ou se deve ser agendada.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.