Terminou há pouco a reunião convocada pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para tratar da destinação correta do lixo hospitalar. Segundo o secretário Rogério Rodrigues, a prefeitura vai cumprir todos os prazos estipulados na notificação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) que mandou isolar a área onde estava sendo jogado, no lixão, os resíduos hospitalares que estavam sendo enterrados e não tendo destinação correta. Moradores denunciaram os riscos de contaminação do lençol freático e nascentes. “Isso siginifica que a partir da semana que vem estaremos notificando as empresas geradoras para que elas tomem as providências em relação ao lixo gerado”, disse. A promotora Audrey Thomaz acompanhou a reunião e disse que a prefeitura tem até o fim de janeiro para definir o que será feito. “O Ministério Público começou a questionar o aterro de Sinop ainda em 1998. É um trabalho de 12 anos. A prefeitura poderá fazer um ajustamento de conduta ou contratar uma empresa para a recolha”, salientou.
O preço médio que as empresas coletoras com sede em Cuiabá cobram por cada carga fica em torno de R$ 3 mil. Além disso, cada quilo de lixo recolhido tem preço médio de R$ 1 para a unidade geradora. Hoje são produzidas em Sinop 2,5 toneladas/dia de lixo hospitalar. O município tem 3 hospitais, o Pronto Atendimento, dezenas de clínicas médicas/veterinárias e farmácias. O representante de empresa prestadora dos serviços de Cuiabá esteve explicou, na reunião, como funciona a coleta. Mas nenhuma decisão foi tomada pelos representantes das empresas.
O secretário da Cidade, Mauri de Lima, presente na discussão que tratou sobre o lixo hospitalar, destacou que a Sema liberou a continuidade dos estudos para a implantação do novo aterro. “Já vinhamos trabalhando nesse sentido desde janeiro de 2009. Mas o novo aterro não vai resolver o problema do lixo hospitalar porque ele precisa ser corretamente coletado e tratado para a destinação final”, disse. Mauri detalhou que agora os estudos terão prosseguimento, mas ainda não há previsao de implantação. “O projeto será feito agora”, explicou. Conforme Só Notícias já informou, a área fica às margens da rodovia Sinop-Claudia (cerca de 15 km do centro), onde havia planejamento para construir um frigorífico. O local foi escolhido em cumprimento às exigencias que determinam distância mínima de 20 km da cidade.
São 58,68 hectares e, de acordo com o projeto da prefeitura, o local deve abrigar, além da parte administrativa, uma usina de reciclagem para resíduos não biodegradáveis, uma usina de compostagem para resíduos de podas de árvores e outra para reciclagem-reutilização de resíduos da construção civil.
A estimativa, de acordo com a assessoria, é que o novo aterro tenha uma vida útil de aproximadamente 20 anos. Hoje, são recolhidas diariamente cerca de 70 toneladas de lixo urbano em Sinop e encaminhadas ao lixão que estaria com capacidade bem próxima do limite.