Mais uma família de Sinop chora a perda de um ente por causa da dengue. A vítima mais recente é o bebê de dez meses que estava internado no Hospital Regional de Colíder (distante 160km). Após ser diagnosticada dengue, ele precisou de encaminhamento para UTI mas as unidades sinopenses estavam lotadas e, após ser obtida ordem judicial, foi transferido. Foram quase duas semanas de muita angústia e sofrimento para a família da criança.
O atestado de óbito aponta dengue hemorrágica. O menino era o terceiro filho da família de José Ilton. O pai contou, ao Só Notícias, que o quadro do bebê agravou-se nos últimos dias, mesmo diante da transfusão de plaquetas a cada oito horas. A criança precisava fazer hemodiálise e o procedimento em bebês só é feito na capital. Os médicos aguardavam uma vaga para realizar a transferência.
“Ele perdeu muito sangue nas minicirurgias. Os rins se complicaram. Foi um conjunto de fatores”, declarou o responsável. O sepultamento deve ocorrer ainda nesta manhã. O final de ano não será de celebrações para a família mas de dor e tristeza.
Além do bebê, também foram vítimas da doença, este mês, o professor Claudecir Bergamo (conhecido por Tito), 40 anos. Ele faleceu com sintomas dengue hemorrágica. Ele morava em Sinop há 29 anos, em um redondo residencial cujo acesso é pela rua das Primaveras, no centro da cidade. Lecionava no Colégio Regina Pacis, também na escola Enio Pipino e era solteiro.
Também compartilham da mesma dor as famílias dos universitários Bruno Renan Trentin Rossoni, 18 anos, morto em setembro, Janaína Pereira de Souza, 18 anos, em novembro.
Oficialmente, a Secretaria Estadual de Saúde informou, esta semana, que houve 6 mortes por dengue, mas o número pode chegar a 9.