O primeiro dia do 3º Seminário de Planejamento das Ações de Hanseníase e Tuberculose enfocou a situação da Tuberculose e da Hanseníase no Brasil e mostrou como as políticas públicas de enfrentamento a esses dois agravos vêm produzindo avanços no enfrentamento às duas doenças.
“A presença do Ministério da Saúde em Mato Grosso é justamente no sentido de promover e buscar mais ações de sensibilização à população sobre as conseqüências da tuberculose e hanseníase se não forem tratadas. São doenças que têm cura e é inadmissível o país conviver com os índices altos dessas doenças”, afirmou o coordenador do Programa Nacional de Tuberculose, do Ministério da Saúde, Draurio Barreira Cravo Neto.
O coordenador destaca que com a realização desse seminário, Mato Grosso demonstra que busca fazer a sua parte. “Porém temos que somar mais esforços, acirrar as campanhas para o país alcançar seus objetivos. Mato Grosso já foi campeão em hanseníase e já temos nos registros uma acentuada queda. Quanto à Tuberculose as equipes avançaram nos índices aceitáveis para a busca da cura”, referendou Draurio Barreira Cravo Neto.
O 3º Seminário está sendo realizado pelo Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e começou hoje, em Cuiabá. O secretário adjunto de Saúde da SES, Victor Rodrigues, fez a abertura do evento que prossegue até o dia 04.
Falando sobre a situação do Estado de Mato Grosso, o coordenador do Programa Nacional de Tuberculose, do Ministério da Saúde, Draurio Barreira Cravo Neto, disse que o Estado ocupa o quarto lugar no ranking dos Estados, em número de casos da doença.
Os números preliminares, da Vigilância Epidemiológica da SES, acusam um total de 1.013 notificações de casos novos em 2007. Esse número pode sofrer alteração porque o relatório final de 2007 só é fechado em março de 2008, mas a tendência é de que não ultrapasse o total de 2006, que foi de 1.208 casos novos notificados. O índice de cura foi de 75,9% e a taxa de abandono do tratamento foi de 7,8%. O Estado trabalha para atingir um índice de 85% de cura e menos de 5% de abandono do tratamento.
Esses números de Mato Grosso são resultados das políticas públicas de enfrentamento da doença como o diagnóstico precoce, na supervisão das ações de controle,capacitação dos servidores públicos de Saúde, parcerias com os municípios e também a mobilização da sociedade organizada, igrejas, universidades e entidades de serviço social como o Sesi, os clubes Rotarys, Lions e Maçonaria, dentre outros, que contribuiu para que a região Centro Oeste tenha a menor taxa de incidência da doença no país, de 27,92%.