PUBLICIDADE

Médicos em Várzea Grande suspendem atendimentos para receberem verba

PUBLICIDADE

Os serviços de saúde em Várzea Grande ficaram comprometidos devido à paralisação dos médicos, deixando pelo menos 250 pessoas sem consulta no Pronto-Socorro (PS). Postos de saúde, Programas de Saúde da Família (PSF) e policlínicas da cidade também ficaram sem o trabalho da categoria, que estende a paralisação até o final do dia de hoje na expectativa de receber a previsão de pagamento da verba indenizatória. Caso a Prefeitura não dê uma resposta aos 240 profissionais que estão com o benefício atrasado, a greve passa a ser por tempo indeterminado.

No PS, apenas os serviços de urgência (em que o paciente sente dor) e emergência (corre risco de morte) foram realizados no primeiro dia de paralisação. Até o final da tarde, foram feitas 5 cirurgias de emergência, segundo a administração do estabelecimento. Já as cirurgias eletivas, de pessoas que aguardam em internação e os serviços ambulatoriais, estão suspendidas com o movimento da categoria.

O diretor clínico do PS de Várzea Grande, Glen Carlo de Arruda, diz que 90% dos procedimentos realizados no estabelecimento são ambulatoriais, o que fez apenas 10% dos serviços serem realizados. "Os pacientes que iriam fazer consultas agora têm que remarcar nos postos de saúde, já que os médicos não estão atendendo". Procedimento cirúrgicos pequenos, como retirada de cisto, verruga e unha encravada, e exames ginecológicos, também são atividades realizadas no ambulatório.

Segundo o clínico geral do PS, Klewer Antônio da Silva, em média 250 consultas deixam de ser realizadas por dia devido à paralisação. O trabalho é dividido por 3 médicos em um período de 12 horas. Há 2 anos em serviço na unidade, Klewer reclama da falta de comprometimento com as promessas feitas pela administração pública. "Era para ter aumento de R$ 300 já este ano, mas não recebemos. Se não assinarem que vão pagar a partir de janeiro, a categoria irá continuar parada".

Representantes do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT) se reúnem hoje à tarde com o promotor de Justiça da cidadania de Várzea Grande, Carlos Eduardo, para discutir a situação de atrasos em pagamentos. Ao todo, 240 médicos, sendo 60 lotados no PS, estão sem receber a verba indenizatória de outubro e novembro. O aumento de R$ 300, reclamado por parte da categoria, era para ser dado em setembro deste ano.

Na segunda-feira, a categoria se reúne em assembleia para discutir se uma greve será deflagrada a partir de terça-feira.

A Secretaria de Administração de Várzea Grande alega que repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do ICMS pelo Estado estão atrasados, por isso, o pagamento ficou comprometido.

 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE