Médicos de Tangará da Serra e região, que estão sem receber há quatro meses, podem parar de atender o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Médio Norte, na próxima semana. Um cardiologista, um neurologista e anestesiologista já deixaram de atender. São aproximadamente 50 profissionais que estão com salários atrasados.
O secretário executivo do consórcio, Antonio Roberto Torres, confirmou que a dívida da folha está em R$ 446 mil. Ele admite que o problema seria facilmente resolvido se o consórcio recebesse os repasses em atraso tanto do Estado, quanto dos municípios que enviam paciente e repassam verbas pelos serviços prestados.
A receita fixa mensal do consórcio – repasses dos municípios no valor de R$ 156 mil e do Estado no valor de 78 mil – somada às despesas excedentes dos municípios, é superior ao custo médio mensal de R$ 300 mil com os prestadores de serviços.
A conta fecharia saldo positivo para o consórcio, o que não ocorre em função dos atrasos nos repasses. Os cálculos mostram que, caso todos os repasses tivessem sido recebidos – tanto do governo quanto dos próprios municípios – hoje o consórcio estaria em dia com todos os prestadores de serviços que atendem os municípios e ainda teria em caixa aproximadamente R$ 998 mil.